Arcebispo de Brasília comenta sobre o papa Francisco: “Legado de simplicidade”
25/04/2025 às 18h39

O arcebispo de Brasília, cardeal dom Paulo Cezar Costa, que acompanhou o velório e participou do conclave para a eleição do próximo papa, comentou sobre a trajetória do papa Francisco em entrevista publicada no canal do YouTube da Arquidiocese da capital federal. Ele destacou que o pontífice deixou um legado significativo para a Igreja e para o mundo. O papa faleceu na madrugada de segunda-feira (21/4), na Casa Santa Marta, residência oficial onde residia, no Vaticano.
O cardeal enfatizou que o papa representou um importante interlocutor em questões relevantes para a sociedade. Ele trouxe à tona os grandes desafios do mundo, incluindo a questão ecológica, os conflitos globais e a questão migratória.
Para a igreja, ele deixou um legado de simplicidade. Paulo Cezar afirmou que o Papa não aplicava ideologias às suas escolhas. Ele não queria bispos de esquerda ou bispos de direita. Ele queria bispos homens, fiéis ao evangelho de Jesus Cristo; homens coerentes.
A morte do Papa
Dom Paulo Cezar ainda enfatizou que Francisco lutava por uma irmandade entre os povos. “O mundo hoje é polarizado. Mas qual é o antídoto para a polarização? Uma sociedade de irmãos. Onde você olha para o outro e não vê um inimigo”, declarou.
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Momentos significativos e reunião decisiva.
O papa e o cardeal de Brasília se conheceram em 2013. “Notei que era um homem de uma profunda humanidade. Um homem simples, capaz de tratar das grandes questões da humanidade, mas um homem capaz de relações humanas, de falar das coisas simples da vida”.
Durante a Jornada Mundial da Juventude, os dois religiosos se aproximaram. “Foi um homem que marcou profundamente a minha vida”, recorda.
O cardeal partiu na quinta-feira (24/4) para o Vaticano, onde participará do conclave com o objetivo de eleger o próximo líder da Igreja Católica. “Momento de profunda responsabilidade. É uma mistura de sentimentos: de tristeza pela sua perda e de responsabilidade em escolher um novo pastor.”
O cardeal especificou as características que o próximo líder máximo da Igreja deve apresentar. “Alguém que pense de acordo com os tempos e que seja segundo o coração de Deus. Que também seja capaz de dar uma contribuição para o mundo de hoje”, concluiu o cardeal.
Fonte: Metrópoles