Argentina alcança acordo com o FMI e deverá receber 2 bilhões de dólares
Em contrapartida ao acordo de crédito, o governo argentino flexibilizou diversos controles no mercado cambial, que estavam em vigor desde 2019.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, na quinta-feira 24, que sua equipe técnica alcançou um acordo com o governo argentino sobre a primeira revisão do empréstimo concedido em abril ao país sul-americano, que possibilita o desembolso de cerca de 2 bilhões de dólares (11 bilhões de reais).
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A Argentina firmou um acordo com o FMI para um crédito de quatro anos no âmbito do Serviço Ampliado do Fundo (SAF), no valor de 20 bilhões de dólares (R$ 110 bilhões), dos quais já recebeu 12 bilhões (R$ 66,3 bilhões).
O FMI e as autoridades argentinas “concluíram um acordo em nível da equipe técnica sobre a primeira revisão do programa econômico”, que está sujeito à aprovação do conselho executivo, que se reunirá no final de julho, conforme declara a organização em um comunicado.
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A Argentina poderia ter acesso a cerca de 2 bilhões de dólares, conforme especifica.
O FMI voltou a destacar a condução do governo do presidente Javier Milei, que diminuiu a inflação – de 211% em 2023 para 118% no ano passado – e obteve um saldo positivo na balança fiscal em 2024 após um período.
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Milei afirma ter alcançado isso por meio da dissolução de órgãos, com a eliminação de 50 mil empregos públicos e a quase completa interrupção de obras públicas.
O FMI afirma que o programa apresentou um começo promissor, mesmo em um cenário externo mais complexo.
A estabilidade foi assegurada através da implementação consistente de políticas macroeconômicas sólidas, compreendendo uma âncora fiscal robusta e uma política monetária restritiva.
Em contrapartida ao compromisso de crédito, o governo argentino eliminou diversos restrições no mercado cambial, que estavam em vigor desde 2019, e implementou um novo sistema de variação para a cotação do dólar em faixas.
A transição para um regime cambial mais flexível e a remoção de diversos controles cambiais prosseguiram de forma gradual.
O governo argentino procura fortalecer suas reservas internacionais, controlando a emissão monetária para preservar a estabilidade do preço do dólar.
O FMI comemorou: “A taxa de câmbio oficial permaneceu próxima do nível central da banda, o processo de desinflação foi retomado, o crescimento econômico continuou e a pobreza seguiu diminuindo”.
O FMI também destaca que a Argentina alcançou o retorno aos mercados internacionais de capitais antecipadamente.
Fonte por: Carta Capital