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Argumento na Argentina: Milei pergunta “Qual é o problema se eu não falar com Lula?”


Argumento na Argentina: Milei pergunta “Qual é o problema se eu não falar com Lula?”
(Foto Reprodução da Internet)

No debate mais recente entre os candidatos a presidente da Argentina, Javier Milei e Sergio Massa discutiram a forma como o país se relaciona com Brasil e China. O evento ocorreu no domingo à noite em Buenos Aires.

Massa, o atual ministro da Economia da Argentina, perguntou ao seu rival de direita se ele pretende manter relações com o Brasil e com a China, caso seja eleito. Ele também lembrou que Milei já se referiu aos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Xi Jinping como “comunistas”.

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“Você pretende manter relações com o Brasil e a China? Porque você chamou de comunistas os dois presidentes”, perguntou. Milei respondeu que as relações devem ser mantidas pelos setores privados e mencionou a falta de diálogo entre o presidente argentino atual, Alberto Fernández, e o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL).

“Você pertence a um governo em que o Alberto Fernández não falava com o Bolsonaro. Que problema tem em eu falar ou não com o Lula?”, rebateu Milei.

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Massa acusou Milei de ter uma “memória fraca” e lembrou que visitou Bolsonaro durante a pandemia, quando ainda era deputado. Ele apontou que Milei está escondendo o fato de que, por causa de preconceitos ideológicos, ele está colocando em risco o emprego de 2 milhões de argentinos dos setores agropecuário, portuário e automotivo. A ruptura do Mercosul e das relações com o Brasil e a China resultariam em 2 milhões de empregos perdidos e uma queda nas exportações argentinas de 28 bilhões de dólares. A política externa não deve ser governada por caprichos ideológicos, mas sim pelo interesse nacional.

Milei acredita firmemente na abertura do comércio internacional e que o Estado não deve interferir nessas relações.

“Um exemplo claro dos problemas que o Estado causa é a situação atual do Mercosul, que está parado e não avança em nenhuma direção. É mentira dizer que sinalizo que não devemos fazer negócios com a China ou com o Brasil. Isso é uma decisão das empresas privadas, e o Estado não deve interferir. A corrupção surge quando o Estado se intromete, o que, consequentemente, prejudica o bem-estar dos argentinos”, afirmou o candidato da oposição.

Milei disse que o comércio privado com o Brasil e a China continuará, mas se não acontecer, podemos comerciar com outros países. Ele reclamou dizendo para não assustarmos as pessoas com a perda de empregos.


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