Arroz: Alerta da Anvisa e riscos do arsênio em massa devido às mudanças climáticas

Arroz: estudo aponta risco de arsênio em alimentos devido às mudanças climáticas. Anvisa monitora situação, buscando reduzir exposição em brasileiros. Mudanças no clima intensificam contaminação

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(Imagem de reprodução da internet).

Pesquisas recentes estão levantando questões sobre o consumo de arroz, um alimento fundamental na dieta brasileira. O arroz naturalmente absorve arsênio, um elemento presente no solo e na água. Embora os níveis normalmente estejam dentro dos limites de segurança estabelecidos, mudanças ambientais globais, especialmente as relacionadas ao aquecimento global e ao aumento do dióxido de carbono (CO₂), estão gerando preocupação, principalmente para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O Impacto das Mudanças Climáticas

Segundo informações do portal BBC, o aumento da temperatura e do CO₂ no ambiente estão tornando o arsênio mais acessível ao solo, permitindo que as plantas o absorvam com mais facilidade. Essa combinação intensifica reações químicas e biológicas, transformando o arsênio em formas mais tóxicas para o alimento.

O estudo realizado na China, que acompanhou 28 variedades de arroz ao longo de dez anos, revelou um cenário preocupante sobre a absorção desse elemento.

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Como o Arroz Absorve Arsênio?

Uma das principais razões para a alta absorção de arsênio pelo arroz é o método de cultivo em áreas inundadas. Essa prática reduz o oxigênio no solo e estimula o crescimento de bactérias que utilizam o arsênio em seu metabolismo, liberando-o em formas que a planta consegue absorver.

Com o clima mais quente e o aumento do CO₂, essas bactérias se multiplicam e atuam com mais intensidade, potencialmente aumentando a contaminação do alimento.

Considerações sobre o Consumo e Preferências

No entanto, os pesquisadores também ressaltam que os resultados dependem dos hábitos de consumo futuros. O estudo considera que o consumo de arroz permanecerá semelhante ao de 2021 e que a preferência do público pelo arroz branco – que absorve menos arsênio do que o integral – continuará.

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Essa preferência, por si só, já contribui para reduzir a exposição ao elemento.

Riscos à Saúde e Monitoramento da Anvisa

A forma mais tóxica do arsênio traz diversos riscos quando ingerida por longos períodos. Lewis Ziska, professor da Universidade de Columbia e coautor do estudo, enfatiza que o arsênio inorgânico é um carcinógeno amplamente reconhecido. Apesar disso, especialistas afirmam que o risco individual permanece baixo quando os limites regulatórios são respeitados, como é o caso do Brasil. É importante notar que essa situação afeta principalmente populações que consomem grandes quantidades de arroz diariamente.

Atenção da Anvisa e Pesquisas Recentes

A Anvisa estabelece limites seguros do arsênio no arroz, com base em pesquisas da UFABC e na última avaliação da agência. Em 2023, o arroz brasileiro geralmente apresenta níveis baixos desses valores, o que mantém o risco sob controle. Apesar disso, a Anvisa continua atenta aos produtos e novas pesquisas, pois as mudanças climáticas podem alterar o cenário nos próximos anos.

Estratégias para Reduzir o Arsênio no Arroz

Estudos apontam diversas estratégias para diminuir a contaminação diretamente no campo. Além disso, consumidores podem adotar práticas simples que diminuem a presença do contaminante no prato, ajudando a remover parte do arsênio e tornando o consumo mais seguro.

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