Economia

As vendas do varejo aumentaram 0,6% em setembro, de acordo com o IBGE


As vendas do varejo aumentaram 0,6% em setembro, de acordo com o IBGE
(Foto Reprodução da Internet)

As vendas do varejo no Brasil aumentaram 0,6% em setembro em relação a agosto de 2023, seguindo uma queda leve de 0,1% no mês passado.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas cresceram 3,3%. No ano, o setor acumula alta de 1,8% no ano e avanço de 1,7% em 12 meses.

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O resultado surpreendeu o mercado, que esperava uma variação estável em comparação ao mês anterior, e um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com informações da agência Reuters.

As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Variação por segmento

O resultado de setembro foi causado por três taxas positivas em diferentes áreas das oito atividades analisadas no varejo.

Em relação às categorias de produtos, os móveis e eletrodomésticos tiveram um crescimento de 2,1%. Em seguida, tivemos os hiper/supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com um aumento de 1,6%. Por fim, os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria tiveram um crescimento de 0,4%.

A venda de alimentos em hiper e supermercados foi o principal responsável pelo crescimento do varejo em setembro, alcançando um aumento de 9,1% em relação ao período antes da pandemia.

De acordo com o gerente de pesquisa, Cristiano Santos, esse setor tem uma grande influência no indicador e, com um aumento de 1,6%, ajudou o varejo a sair da estagnação. Um dos principais motivos para esse resultado é o fato de que as famílias estão priorizando os produtos essenciais em seu orçamento.

Segundo ele, o aumento da população empregada e do dinheiro que ganham está fazendo com que as pessoas gastem a maior parte de sua renda em hiper e supermercados, ficando pouco dinheiro disponível para outras atividades. Em setembro, os hiper e supermercados representaram cerca de 56% do total do varejo.

Já as cinco atividades que tiveram variações negativas foram: Combustíveis e lubrificantes (-1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%).

O setor de combustíveis e lubrificantes teve o maior impacto negativo (-1,7%) no varejo. Isso aconteceu depois de dois meses de alta contínua na atividade.

Segundo o pesquisador, as receitas dos postos de gasolina aumentaram, porém não o bastante para superar a inflação.

Varejo ampliado

O setor de comércio varejista ampliado, que abrange veículos, motos, peças e materiais de construção, além de atacadistas especializados em alimentos, bebidas e tabaco, apresentou duas quedas.

O setor de Veículo e motos, partes e peças recuou 0,9% e o de Material de construção caiu 2,0%.

Em relação ao ano anterior, o setor de Veículos e motos, partes e peças cresceu 8,9%. O setor de Atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve um avanço de 7,0%, enquanto o setor de Material de construção teve uma queda de 5,6%.


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