Asfura à frente em Honduras: Trump apoia candidato na disputa acirrada

Nasry Asfura lidera apuração presidencial em Honduras, com apoio de Donald Trump. Disputa acirrada e desafios para o próximo governo hondurenho.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Nasry Asfura, candidato da direita, está à frente na apuração da eleição presidencial em Honduras. De acordo com os resultados parciais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após a votação de 30 de outubro, Asfura acumulava 40,5% dos votos, com uma vantagem de 1,5 ponto sobre Salvador Nasralla, também da direita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A disputa acirrada demonstra a divisão política do país, que busca definir se continuará com um governo de esquerda ou seguirá o caminho trilhado por países como Bolívia e Argentina, onde o candidato Javier Milei também expressou apoio a Asfura.

A Disputa e os Desafios

A advogada Rixi Moncada, representante do partido governante Livre, encontra-se significativamente distante na contagem. Moncada, que concorre pela terceira vez, declarou que só reconhecerá o resultado após a totalização de todas as urnas, um processo que pode se estender por vários dias.

LEIA TAMBÉM!

A complexidade da situação eleitoral é agravada pela história recente do país, marcada por golpes de Estado e questionamentos sobre a integridade do processo democrático.

Interferência e Pressões Externas

A campanha de Asfura recebeu um forte impulso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que intensificou sua participação na reta final. Trump descreveu Asfura como o “único verdadeiro amigo da liberdade”, alertando que uma derrota do empresário resultaria no controle do país por parte do presidente Nicolás Maduro e seus aliados.

O presidente americano também criticou a candidata Moncada, classificando-a como “comunista” e exaltando Nasralla como “quase comunista”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contexto Econômico e Político

Honduras enfrenta desafios econômicos significativos, com 60% da população vivendo na pobreza e as remessas de migrantes representando 27% do Produto Interno Bruto (PIB). A campanha eleitoral ocorre em um contexto de polarização política, que remonta ao golpe de Estado de 2009 contra o então presidente Manuel Zelaya, marido da atual presidente Xiomara Castro.

A retomada de laços com Taiwan, sugerida por Asfura, e a necessidade de lidar com questões como pobreza, violência, corrupção e narcotráfico, são temas centrais para o futuro do país.

Desafios para o Próximo Governo

Analistas apontam que o principal desafio para o próximo governo hondurenho será o emprego, devido à alta informalidade do mercado de trabalho (próxima de 70%). Além disso, a fragilidade institucional, o controle político exercido pelo governo sobre o Ministério Público e as Forças Armadas representam obstáculos a serem superados.

A eleição ocorreu sob estado de exceção parcial decretado em 2022, o que pode impactar a estabilidade política e social do país.

Sair da versão mobile