Assembleia Legislativa de São Paulo institui comissão para analisar obras de arte envolvidas em controvérsia

Decisão ocorre após polêmica envolvendo a representação de Marielle com elementos que evocam a imagem de Nossa Senhora das Dores.

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(Imagem de reprodução da internet).

A Câmara de Vereadores de São Paulo instituiu uma comissão para analisar e licenciar obras artísticas e culturais em suas instalações. A iniciativa decorreu de uma polêmica relacionada a um retrato da ex-vereadora Marielle Franco (Psol) que apresentava elementos visuais com referência à imagem de Nossa Senhora das Dores. O ato normativo foi divulgado no Diário Oficial da cidade na segunda-feira (09.jun.2025).

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A obra em questão apresenta Marielle Franco sob uma luz positiva, em um retrato colorido com fundo intenso, inserido em uma moldura de madeira. Foi exibida na exposição “Mulheres que Resistem à Violência de Estado”, no Palácio Anchieta, em maio. A imagem suscitou dúvidas acerca de uma possível falta de respeito religioso.

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Amanda Vettorazzo (União) comunicou ao MP (Ministério Público) um crime de notório conhecimento, solicitando investigação por suposto crime contra o sentimento religioso. Em sua argumentação, alegou que a obra “ofende a opinião católica” e que somente a Igreja pode definir santidade. “Trata-se de uma afronta inaceitável à fé cristã. A imagem fere profundamente a opinião católica e jamais deveria ser exposta. Quem decide quem é santo é exclusivamente a Igreja Católica e não o Psol ou qualquer grupo político”, declarou.

Luana Alves (Psol), coordenadora da exposição, justificou a obra como uma homenagem. Ela afirmou que a imagem promove um diásobre o sofrimento de mulheres negras e periféricas, sem o objetivo de substituir símbolos religiosos. “A obra não pretende substituir dogmas ou símbolos da fé católica, também não canonizar Marielle Franco. Em vez disso, propõe um diáentre o sofrimento da Mãe de Deus, figura arquetípica de dor, resistência e amor, e o martírio de mulheres negras e periféricas que, como Marielle, são vítimas da violência do Estado”, declarou.

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Fonte por: Poder 360

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