Associação das Câmaras de Comércio da Indústria: Setor da construção civil registra queda de atividade e confiança diminui em maio
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção atingiu 47,5 pontos em junho, após apresentar uma redução de um ponto em relação a m…

O Índice de Evolução do Nível de Atividade da indústria da construção teve uma queda em maio, registrando 47 pontos, conforme divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) nesta sexta-feira (27).
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Nos últimos meses, o setor da construção civil tem desacelerado, sobretudo devido à taxa de juros elevada. Frequentemente, os consumidores desse setor necessitam financiar suas compras. Com o crédito mais caro, a demanda diminui, impactando a atividade do setor, afirmou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em comunicado.
O índice de evolução do número de empregados do setor registrou 48,5 pontos no final do mês. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) atingiu o sétimo mês consecutivo em 67%. Esse patamar é inferior ao observado em maio de 2024, quando foi de 69%.
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção, por sua vez, atingiu 47,5 pontos em junho, após recuar um ponto em relação a maio. “É o sexto mês consecutivo de falta de confiança no setor, que se agravou, principalmente, pela pior avaliação dos industriais sobre o presente e o futuro”, diz a CNI.
O Índice de Confiança Atual diminuiu 0,4 ponto, atingindo 43,6 pontos. A organização aponta que o movimento decorre da percepção ainda mais negativa dos empresários sobre o cenário econômico em relação ao semestre anterior, considerando que a satisfação com a situação das empresas se apresentou melhor nesse período.
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Em junho, o Índice de Expectativas recuou 1,2 ponto, atingindo 49,5 pontos, o que resultou em uma mudança do otimismo para o pessimismo. O valor demonstra a deterioração das previsões dos industriais em relação à economia e aos seus próprios negócios nos próximos seis meses.
A CNI evidenciou que os índices de expectativa de número de empregados, de compra de insumos e matérias-primas, de nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços apresentaram uma queda considerável. Os indicadores se aproximaram da linha divisória de 50 pontos, o que indica que as perspectivas de crescimento para os próximos seis meses são mais amenas.
O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços caiu 1,5 ponto, para 51,3 pontos; o índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas encolheu 1,5 ponto, para 51,1 pontos; o índice de expectativa de número de empregados recuou 1,8 ponto, para 51 pontos; e o índice de expectativa de nível de atividade caiu 0,7 ponto, para 53,1 pontos.
O índice de intenção de investimento recuou 0,7 ponto, atingindo 42,8 pontos. O indicador está 4,8 pontos percentuais acima da média histórica, que é de 38 pontos.
Na edição desta Pesquisa Industrial da Construção, a CNI consultou 297 empresas: 108 de pequeno porte, 128 de médio porte e 61 de grande porte, no período entre 2 e 11 de junho de 2025.
O Brasil ocupa a segunda maior taxa de juros reais no mundo, após o aumento da taxa Selic.
Fonte por: CNN Brasil