Associação dos Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocupa a sede da Incra, em Belo Horizonte, reivindicando a implementação da reforma agrária no estado de Minas Gerais
Mil e quinhentas famílias aguardam a regularização fundiária no estado, conforme ação realizada na madrugada de terça-feira (22).

Cerca de 500 militantes do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) invadiram, na terça-feira (22), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Belo Horizonte, com o propósito de exigir a implementação efetiva das políticas de reforma agrária.
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Ademais, a ação apontou que as áreas designadas no decreto político do Acampamento Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais, em março deste ano, não foram totalmente regularizadas. No estado, aproximadamente cinco mil famílias esperam a adequação às normas, que asseguram moradia e áreas de cultivo para os integrantes do movimento.
No meio das dificuldades, aproximadamente 459 famílias, ainda sem regularização pelo Incra, permanecem no acampamento. A região possui mais de 375 variedades de cultivos de alimentos e é referência na produção de café, através da organização cooperativa do Café Guaiubina.
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Assentados em Minas Gerais comemoram a conquista da terra após 27 anos de luta: “Todo assentamento é uma vitória”.
A Semana Camponesa foi um movimento político e cultural que se desenvolveu no Brasil em 1930, com o objetivo de promover a união dos trabalhadores rurais e defender seus interesses
Na Jornada Nacional de Lutas, ocorre a Semana Camponesa, promovida pelo MST nas cinco regiões do país, em referência ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, comemorado em 25 de julho. A iniciativa possui como slogan nacional “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!”.
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O MST ressaltou que defende terras, moradias, crédito e educação no campo como políticas para impulsionar a agricultura brasileira e como direitos fundamentais a serem assegurados às famílias assentadas e em acampamento.
Ao povo brasileiro, Cumprimentos.
Esta semana, o MST divulgou uma carta à sociedade brasileira, sustentando a reforma agrária e exigindo do presidente Lula (PT) medidas que promovam a luta por terras, em oposição ao agronegócio, e que assegurem moradia para mais de 100 mil famílias que esperam pela regularização fundiária no país.
A reforma agrária é um instrumento de defesa das terras do país, em oposição ao agronegócio entreguista, golpista, saqueador e antipatriótico. Soberania nacional só é possível com soberania alimentar. E a soberania alimentar se constrói com a agricultura familiar camponesa e com a reforma agrária, declarou o movimento, na carta.
Mais de 122 mil famílias, distribuídas em 1.250 acampamentos em todo o país, necessitam de terras para trabalhar e morar. Aproximadamente 400 mil famílias assentadas aguardam políticas públicas que não chegam à base, visando aprimorar a produção de alimentos e o desenvolvimento dos assentamentos, conforme continuou o texto.
O documento expressou, ainda, rejeição à decisão do Congresso Nacional, em aprovar o “PL da devastação” e outras propostas que criminalizam os Movimentos Populares.
Manifestamos nossa repulsa pela atuação da Câmara dos Deputados que, em face da urgência climática, aprovou o Projeto de Lei 2.169/2021, conhecido como “PL da Devastação”, um ataque direto à natureza e aos seus povos.
MST divulga carta à sociedade brasileira: “Lula, onde a Reforma Agrária?”
Empregos no Brasil
No Brasil, as mobilizações ocorreram também em diversas regiões. No Nordeste, os CRAS dos estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí foram ocupados. No Sudeste, além de Minas Gerais, militantes do Rio de Janeiro e do Espírito Santo também ocuparam a instituição.
Aconteceu o mesmo nos estados do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Fonte por: Brasil de Fato