Ataque de Israel causa mortes em Gaza, com um número mínimo de 70 vítimas

Muitas mulheres e crianças estão entre os afetados, relataram autoridades de saúde.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Bombardeios israelenses mataram pelo menos 70 palestinos na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (14), segundo informações de fontes médicas locais, em um aumento da escalada dos ataques durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à região.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Médicos informaram que a maioria dos óbitos, incluindo mulheres e crianças, foi causada por uma série de ataques aéreos israelenses que atingiram diversas residências na área de Jabalia, no norte de Gaza.

O exército israelense não comentou imediatamente e afirmou estar investigando os relatos.

LEIA TAMBÉM!

Segundo reportagens da imprensa israelense, em data de quarta-feira, oficiais de segurança acreditam que o líder militar do Hamas, Mohammad Sinwar, e outros altos cargos foram mortos em um ataque na terça-feira (13) contra o Hospital Europeu, em Khan Younis, no sul de Gaza.

De acordo com o Exército de Israel, o local é um bunker de comando e controle. Não houve confirmação, tanto do exército israelense quanto do Hamas.

Na quarta-feira (14), relatos de testemunhas e médicos indicaram que um ataque aéreo israelense atingiu uma escavadeira se aproximando da área afetada pela última ofensiva no Hospital Europeu, causando ferimentos em diversas pessoas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na terça-feira, a Jihad Islâmica, um grupo militante em Gaza com apoio do Irã e aliado ao Hamas, lançou foguetes contra Israel.

Antecipadamente aos ataques israelenses, o exército ordenou a evacuação dos moradores das áreas de Jabalia e da vizinha Beit Lahiya.

A escalada israelense frustrou as expectativas palestinas de que a visita de Trump resultasse em uma diminuição da violência.

Último réu americano vivo

O Hamas liberou Edan Alexander, o último refém americano conhecido, na segunda-feira (12), antecedendo a viagem do presidente americano.

Em Riad, na terça-feira (13), Trump afirmou que mais reféns seriam adicionados à lista e que o povo de Gaza merecia um futuro melhor.

Os esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo não tiveram sucesso nas últimas semanas, com o Hamas e Israel trocando acusações.

O Hamas dialogou com os Estados Unidos e mediadores egípcios e catarinos para coordenar a libertação de Alexander, ao mesmo tempo em que Israel enviou uma equipe a Doha para iniciar uma nova rodada de negociações.

Na terça-feira, os enviados especiais de Trump, Steve Witkoff e Adam Boehler, se reuniram com famílias de reféns em Tel Aviv e declararam que agora vislumbram uma oportunidade maior de acordo para a libertação após o acordo referente a Alexander.

Os Estados Unidos também propuseram um plano para retomar a distribuição de assistência humanitária em Gaza, utilizando empresas contratadas.

Israel aprovou o plano.

Ele foi rejeitado pelas Nações Unidas e agências internacionais de ajuda humanitária, e informações cruciais, como financiamento e doadores, permanecem confidenciais.

Israel lançou uma invasão a Gaza em resposta ao ataque realizado pelo Hamas contra áreas do sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 indivíduos, segundo informações israelenses, e na captura de 251 reféns para a Faixa de Gaza.

A campanha israelense resultou na morte de mais de 52.900 palestinos, de acordo com dados de órgãos de saúde locais, e causou grande destruição na frágil faixa costeira.

Cerca de 2,3 milhões de pessoas correm risco de fome, de acordo com organizações humanitárias e agências internacionais.

Fonte: CNN Brasil

Sair da versão mobile