Atletas campeões do mundo avaliam negativamente a situação da CBF: “Inaceitável”

Ex-atletas como Cafu e Gilberto Silva solicitaram maior controle da Conmebol e da Fifa nos processos eleitorais.

17/05/2025 14h51

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

As campeãs mundiais da Seleção Brasileira se manifestaram neste sábado (17) em relação à crise política da Confederação Brasileira de Futebol após o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues e a convocação de novas eleições para o dia 25 de maio.

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Cafu, Gilberto Silva e Müller emitiram uma declaração em suas redes sociais, manifestando sua indignação com os eventos recentes envolvendo a maior autoridade do futebol brasileiro.

É inaceitável que a entidade máxima do nosso esporte siga envolta em recorrentes escândalos, disputas políticas e falhas graves de governança. Esses episódios ferem a credibilidade da instituição, enfraquecem o futebol como patrimônio do povo brasileiro e desrespeitam a trajetória de milhões de brasileiros que vivem e sonham através desse maravilhoso esporte.

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Os jogadores também reivindicam um processo eleitoral legítimo, acompanhado por fiscalização de outras instâncias do futebol sul-americano e global.

Acompanhamos, com preocupação e tristeza crescente, os acontecimentos institucionais da CBF. Defendemos um processo eleitoral legítimo, transparente, com ampla participação e fiscalização da CONMEBOL, da FIFA – inclusive da sociedade civil e supervisão independente dos campeões mundiais de futebol com a seleção brasileira.

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Leia a anotação na íntegra.

Mensagem dos campeões mundiais de futebol para o futuro do nosso esporte

Nós, atletas campeões mundiais com a Seleção Brasileira de Futebol, vimos manifestar o público nossa profunda preocupação e indignação diante da nova crise institucional que atinge a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

É inaceitável que a entidade máxima do nosso esporte continue envolta em recorrentes escândalos, disputas políticas e graves falhas de governança. Esses episódios prejudicam a credibilidade da instituição, enfraquecem o futebol como patrimônio do povo brasileiro e desrespeitam a trajetória de milhões de brasileiros que vivem e sonham através desse maravilhoso esporte.

Somos o único país pentacampeão mundial. Essa conquista transcende o campo e representa um legado de excelência, ética, disciplina, compromisso e trabalho coletivo. É exatamente o que demandamos das futuras gestões do nosso futebol: uma administração profissional, íntegra, transparente e comprometida com o bem comum.

A seleção brasileira é superior a qualquer líder. O futebol brasileiro é maior que qualquer problema.

Declaramos nossa união e vigilância. Temos acompanhado, com crescente preocupação e tristeza, os desdobramentos institucionais da CBF. Defendemos um processo eleitoral legítimo, transparente, com ampla participação e fiscalização da CONMEBOL, da FIFA – inclusive da sociedade civil e supervisão independente dos campeões mundiais de futebol com a seleção brasileira.

A situação demanda coragem, discernimento e compromisso. Não se deve admitir que o futebol no Brasil persista em conflitos de poder e interesses que negligenciam o interesse superior do esporte.

Para que o futebol brasileiro alcance a magnitude que possui. Para que inspire, una e transforme positivamente a vida de milhões de pessoas, tanto dentro quanto fora de campo.

Pelo futebol, pelo Brasil, pela verdade.

Assinam esta nota os Campeões Mundiais de Futebol com a Seleção Brasileira.

Analise o caso.

Ednaldo Rodrigues teve sua destituição da presidência da CBF, conforme decisão divulgada pela 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) na última quinta-feira (15).

A decisão do desembargador Gabriel Zefiro decorre do princípio de que o Coronel Nunes, citado para audiência na última segunda-feira (12), não compareceu à sessão em razão da possível falsificação de assinatura em acordo que validou a eleição de Ednaldo Rodrigues.

A decisão indica que existem fortes evidências de que o dirigente Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes — que é um dos signatários do acordo — não possuía condições cognitivas para assinar o documento.

A análise do laudo médico, conjugada com uma perícia grafotécnica, resultou na anulação do contrato celebrado em janeiro e na determinação do afastamento de Ednaldo.

Fernando Sarney foi designado interventor provisório da CBF, encarregado de promover novas eleições “o mais rápido possível”. Na sexta-feira (16), Sarney determinou as novas eleições para o dia 25 de maio.

Fonte: CNN Brasil

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