Atletas do Auckland City perderam empregos e ganhos em função da disputa pelo Mundial

A equipe semiprofissional da Nova Zelândia retorna a jogar na sexta-feira (20).

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(Imagem de reprodução da internet).

Adam Mitchell reconhece que encerrará o mês com prejuízo. O ex-profissional do Auckland City abandonou seu emprego em vendas imobiliárias na Nova Zelândia para participar do Mundial de Clubes, mesmo ciente de que o time, semiprofissional, luta por prestígio e uma premiação incerta.

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O trabalho dele é 100% dependente das comissões, afirmou Mitchell, da Reuters, após a dura derrota por 10 a 0 para o Bayern de Munique, na estreia.

Se não estou vendendo, não há dinheiro. Mas um torneio como este exige sacrifícios – e muitos aqui fizeram isso.

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O formato renovado da Copa do Mundo de Clubes, mais vantajoso financeiramente, tem sido alvo de críticas devido ao excesso de compromissos no calendário do futebol europeu. Para clubes como o Auckland, o ônus representa um desafio adicional.

Diversos jogadores, professores, entregadores e trabalhadores estão arcando com despesas individuais para representar a Oceania no torneio.

Adicionalmente, uma parcela significativa da licença anual, restrita a quatro ou cinco semanas na Nova Zelândia, já havia sido empregada no campeonato eliminatório, ocorrido nas Ilhas Salomão.

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“Alguns estão no negativo, em licença não remunerada. É bom que as pessoas entendam o que sacrificamos para estar aqui”, declarou o defensor.

Mundial de Clubes oferece premiação bilionária; confira os valores detalhados.

Apesar de prêmios em dinheiro para todos os competidores, o Auckland, que representa a menor federação do futebol mundial, receberá a menor parcela — uma parte dos US$ 3,58 milhões (R$ 19,6 milhões) destinados à Oceania.

Mitchell declarou que o valor ainda está sendo negociado com a Federação Neozelandesa de Futebol.

No campo, a diferença entre jogadores meio-tempo e grandes estrelas se notou. O Bayern entrou em jogo com total força e determinação durante toda a partida.

Receber dez gols nunca é bom. Enfrentamos um dos melhores times do mundo, que não diminuiu o ritmo, o que, de certa forma, indica consideração.

Apesar do desempenho passado, o clima no time é positivo. O Auckland ainda terá jogos contra o Benfica e o Boca Juniors na fase de grupos. O próximo confronto será contra os portugueses, na sexta-feira (20), às 13h.

Não desistimos em momento algum. Continuaremos lutando.

Mitchell organiza sua rotina entre vendas imobiliárias, treinos noturnos e o trabalho como técnico no clube. Os dias iniciam cedo na academia e se estendem até o final da tarde no campo.

“Não é o ideal para minha esposa”, brincou. “A gente quase não se vê, mas ela entende o sacrifício e também faz parte dele.”

Apesar do impacto financeiro, Mitchell acredita que a exposição pode abrir portas. “Vai que alguém viu o jogo, sabe que trabalho no setor e quer conversar… É assim que se criam oportunidades.”

A presença do Auckland no torneio não é vista como um problema. Para ele, o time fez por merecer.

Somos semiprofissionais, porém lidamos com o clube com total seriedade, como se fosse profissional, utilizando os recursos disponíveis. Merecemos estar presente e vamos demonstrar isso em campo.

Fonte por: CNN Brasil

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