Embora tenhamos adquirido amplo conhecimento, novas descobertas sobre dinossauros continuam sendo feitas pela ciência. A origem das penas desses seres antigos, que tem sido assunto despertador de debates no domínio científico, está vinculada à descoberta mais inovadora. De acordo com uma pesquisa divulgada na revista Nature Ecology and Evolution, a formação proteica das penas dos dinossauros era equiparável à das aves contemporâneas. Portanto, os estudiosos sugerem que antes do esperado, as penas contemporâneas teriam talvez evoluído.
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A procedência das penas dos dinossauros
Estudos anteriores com penas de dinossauros fossilizadas indicaram que seu conteúdo protéico era distinto daquele encontrado nas aves atuais.
Essa teoria afirma que a proteína alfa-queratina formava a plumagem dos antigos animais, o que significa que essas penas eram muito menos rígidas quando contrastadas com as ricas em beta-queratina encontradas nas aves de hoje.
As condições para o voo são melhores quando as penas são mais rígidas, é importante lembrar.
Pesquisadores, no entanto, questionaram se os fósseis utilizados para se chegar a essa conclusão refletiam com exatidão como eram as penas naquela época, ou se houve alguma alteração na composição proteica devido à fossilização.
Após estudo, eles chegaram a uma conclusão que altera o entendimento aceito até então.
As informações são da IFLScience.
O processo de fossilização pode ser melhor compreendido com a ajuda de um estudo.
O uso combinado de raios-X e tecnologia de luz infravermelha permitiu que os pesquisadores analisassem penas fósseis de Sinornithosaurus, um dinossauro emplumado de 125 milhões de anos, Confuciusornis, um pássaro primitivo, e uma pena de 50 milhões de anos encontrada nos EUA. Simulações do calor que as penas provavelmente experimentaram durante a fossilização foram igualmente realizadas por eles.
Os resultados revelaram que, apesar de haver alfa-queratina nas penas antigas, é provável que essa substância não estivesse presente originalmente. A equipe também detectou vestígios de beta-queratina, indicando que a alfa-queratina provavelmente se formou a partir da degradação da beta-queratina devido às altas temperaturas.
Essa química estranha pode agora ser explicada pelos nossos experimentos como o resultado da degradação das proteínas no processo de fossilização. Assim, enquanto algumas penas fósseis preservam resquícios das proteínas beta originais, outras penas fósseis estão danificadas e fornecem uma narrativa falsa sobre a evolução das penas.
A presença de traços de beta-queratina também encerra a discussão sobre a preservação das proteínas por períodos prolongados. No estudo, os cientistas apontam que, devido a isso, a paleontologia deve avançar para uma análise mais abrangente dos fósseis antigos e das biomoléculas neles contidas.