Augusto Melo afirma não ter ligação com o crime organizado e alega estar sofrendo perseguição
Ex-presidente do Corinthians é o convidado da 99ª edição do CNN Esportes S/A.

O ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, em entrevista à CNN Esportes S/A, desmentiu envolvimento com o crime organizado e alegou estar sendo vítima de uma campanha para manchar sua administração, iniciada após as eleições. Ele detalhou que a oposição utiliza táticas como ameaças, monitoramento e tentativas de impugnar sua gestão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Não na nossa administração. Eles tentam criar essa narrativa sobre mim. Eu tenho quase 45 anos de Corinthians, por isso que ganhei com quase 70%. Quem era o Augusto na mídia? Quem era o Augusto para tirar uma dinastia poderosa, com uma máquina na mão, depois de 17 anos? Ganhei com quase 70%. Eu nunca tive problema com ninguém, nem ética, nem discussão. Sou um cara que tem um carisma muito grande, estou no clube desde moleque, sempre joguei futebol, que era o meu forte, sempre tive uma amizade muito boa, nunca tive problema com a polícia, nunca tive nada.
Assim que me candidatei, e isso já vinha desde a campanha, todos tentaram me impugnar, pois sabiam da minha força no clube. Não conseguiram, venci a eleição e continuaram com essa narrativa de crime organizado.
LEIA TAMBÉM:
● Yuri Alberto prossegue com tratamento de lesão durante período de férias nos Estados Unidos
● Interino do Corinthians pondera sobre o período de transferências
● Augusto Melo analisa receitas e observa o Corinthians como se estivesse no nível do Flamengo
O chefe do executivo recordou que rompeu por sua conta própria o sigilo bancário e afirmou que passou a residir sob vigilância.
Eu violei meu sigilo bancário, meu sigilo telefônico já é, pois estou monitorado desde a eleição, pois tive várias ameaças, a ponto de andar com colete à prova de balas, a ponto da minha filha não poder descer para passear com o cachorro na rua. Foram muitas situações que tivemos que enfrentar para chegarmos onde chegamos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fui pressionado financeiramente no clube e consegui superar essa situação para montar o time. Atualmente, estou sendo sufocado emocionalmente, eu e minha família, para que consideremos desistir. Não vamos desistir, pois não temos culpa, minha vida é limpa, por isso que sempre confronto as coisas diretamente. Não alterei minha personalidade, minha essência, e talvez seja isso que cause estranhamento. Assim, não tenho vínculos com outras pessoas.
Durante a entrevista, ele também defendeu os resultados da gestão em curso. Afirmou que implementou o congelamento de preços e mensalidades, elevou os valores dos patrocínios e valorizou os ativos do clube.
Ao assumir o Corinthians, ele já vinha nessa situação delicada, onde nos propusemos a arcar com isso e continuamos pagando. Sou o único presidente que, com um ano de dificuldades, manteve o ingresso acessível para nossa torcida. Como gestor, minha visão era lotar a Arena, dar visibilidade para o patrocinador e cobrar o preço que é justo para ele.
Tudo o que eu planejei e executei funcionou. Consaguuei um ano de ingresso congelado, algo que nenhum presidente havia conseguido, e há um ano e meio a mensalidade e o valor do título do clube social permanecem congelados. Minha responsabilidade como presidente é manter essa situação e buscar recursos adicionais.
A partir de agora, priorizei patrocínios na faixa de 70 milhões a 200 milhões, um apoio de 17 para 120, um meio de 600 mil a 1,4 milhão de reais, uma camisa de 2,5 milhões a 4,5 milhões de reais. Eliminei uma marca de 8 milhões a 15 milhões, a omoplata de oito, para 15 milhões. Demonstrei que o Corinthians é uma vitrine e provei agora com os direitos de TV.
No ano passado, o Corinthians recebeu menos que o Flamengo. Nos próximos cinco anos, será o clube que mais receberá direitos de TV e demonstrei que o Corinthians é a maior audiência do futebol brasileiro. Estamos quebrando recordes de receita, recordes de público, trazendo o torcedor corintiano de volta, fazendo-o voltar a sorrir, frequentar a Arena, porque está tendo alegria com o seu time, e eu mantive o elenco.
Minha vida financeira, com saldo equilibrado, alcançou 88 milhões, com superávit de 9,5 milhões, e acumulou um patrimônio de mais de 700 milhões em atletas, algo que nunca possuía, recusando mais de 100 milhões de euros em quatro atletas.
Assumi o Corinthians em 2024, não tínhamos um real, e recebemos uma proposta de 8 milhões de euros pelo Wesley. Chamei o empresário dele e falei: “Confie em mim, esse garoto vai dar bons frutos”. Acabei vendendo esse moleque por 25 milhões de euros. Se eu não tivesse uma boa intenção, uma visão, teria vendido ele por 8 milhões de euros e o Corinthians deixaria de faturar 17. Hoje o Corinthians não vende mais atleta barato, patrocínio barato. O que tem de errado aí?
CNN Esportes S/A
Com Augusto Melo, o CNN Esportes S/A alcança a 99ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa explora os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.
Atualmente, os temas mais relevantes do universo do futebol, sob a ótica da economia e dos negócios.
Fonte por: CNN Brasil