Augusto Melo é indiciado por lavagem de dinheiro
Presidente do clube e ex-dirigentes são suspeitos de integrar esquema que repassou comissão de patrocínio para VaideBet, vinculada ao PCC.

O presidente do Corinthians foi indiciado nesta quarta-feira (22), após investigação da Polícia Civil concluir o inquérito sobre o caso da “VaideBet”.
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Augusto Melo é acusado por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Ségio Moura, ex-superintendente de marketing e o empresário Alex Fernando André, conhecido como Cassundé, também são apontados como suspeitos.
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Na última semana, conforme divulgado por reportagem da CNN, um relatório de análise das movimentações financeiras, produzido pelo delegado Tiago Fernando Correia, responsável pelo caso, indicava que uma parcela do patrocínio da empresa VaideBet foi repassada pelo intermediário Cassundé até ser depositada em uma conta vinculada ao PCC.
No mínimo, R$ 870 mil foram destinados à conta da UJ Football Talent Intermediação, mencionada por Vinícius Gritzbach, falecido em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos, em decorrência de acordos com promotores da Justiça sobre contas de fachada da organização criminosa.
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Segundo o delegado, conforme divulgado pela CNN, Alex Cassundé, envolvido no caso VaideBet, esteve no Parque São Jorge, local da sede do Corinthians, no dia em que iniciou a transferência de valores da comissão recebida para a empresa de fachada.
A polícia constatou que o empresário esteve no clube pelo método de investigação que confronta os dados do aparelho do Estação Rádio Base (ERB), método que permite comprovar que Cassundé esteve no Corinthians na parte da tarde entre as 16:57 e as 16:18.
Processo de destituição de um chefe de Estado.
A votação do impeachment de Augusto Melo já tem data definida. A reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians acontecerá no dia 26 de maio.
Em 20 de janeiro, o Conselho do Corinthians se reuniu no Parque São Jorge para votar o destituição de Augusto Melo. Após mais de quatro horas, a reunião foi interrompida após o processo de admissibilidade do rito alcançar 126 votos contra 114.
Outro lado
Na defesa apresentada à CNN, Alex Cassundá afirmou categoricamente que teve sim contato com a VaideBet, e que sempre manteve a melhor e mais cristalina conduta. Segundo a defesa, documentos demonstram o caminho que ele utilizou para chegar à VaideBet. “Documentos sobre isso foram oportunamente juntados ao processo e são corroborados com as oitivas”, diz a defesa, que completa que Cassundá manteve contato constante com assessores do clube.
A defesa alega que o Cassundá não possui informações sobre outros intermediários, visto que a empresa dele foi selecionada, com base em critérios internos do clube, tendo já participado de outras campanhas.
Os repasses estão sob investigação no inquérito e não podemos fornecer mais detalhes além do que já é de conhecimento, conclui a nota.
O Corinthians declarou em publicação nas redes sociais que, até o momento, não há evidências de autoria em relação aos fatos citados.
O Corinthians ressalta que é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não tem controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O Clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais.
Fonte: CNN Brasil