Aumento da Selic intensifica o interesse por políticas fiscais responsáveis, afirma o setor produtivo

Empresários alertam para o aumento dos custos de financiamento e propõem outras medidas para controlar a inflação.

07/05/2025 20h58

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O empresariado brasileiro enfrentou um aumento de 0,50 ponto percentual na Selic, a taxa básica de juros, o que dificultou investimentos em vários setores, elevou o custo do crédito para os consumidores e diminuiu o consumo.

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Economistas indicam que uma restrição fiscal pode ser um caminho para conter a inflação.

No início da noite de quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a Selic em 0,50 ponto percentual, elevando a Selic a 14,75% ao ano. A decisão foi unânime.

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Este é o nível mais elevado da taxa básica de juros para a economia brasileira em quase duas décadas. A última vez que a Selic esteve neste patamar foi em julho de 2006.

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) declara que o aumento da taxa Selic limita investimentos, diminui a competitividade e aumentará os custos de produção. há uma desaceleração da economia brasileira.

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A entidade acredita que a elevação das taxas de juros visa o controle da inflação e reflete a incerteza do cenário macroeconômico global, devido à disputa comercial em andamento.

O conflito comercial diminui as previsões de crescimento mundial, provoca efeitos inflacionários no Brasil, sobretudo devido à queda nos preços das commodities.

A afirmação de Flávio Roscoe, presidente da entidade, indica que essa situação contribui para aprofundar a queda da atividade econômica doméstica já em curso, e o aumento da Selic tende a intensificar o enfraquecimento da economia, com impactos negativos sobre a geração de empregos e a renda das famílias.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) aponta a necessidade de interromper o aumento da taxa Selic para sustentar o desenvolvimento econômico do Brasil.

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A entidade visualiza o impacto em cadeia do aumento das taxas de juros.

O aumento do crédito, a desestimulação do consumo, a diminuição da competitividade do setor produtivo e a contribuição para o fechamento de empresas e empregos. Além disso, torna o acesso à moradia mais difícil para milhares de famílias no Brasil.

A Confederação Nacional da Indústria considera a política monetária contracionista como inadequada, alegando que o aumento da Selic, que começou em setembro de 2024, terá impactos no segundo semestre do ano.

A CNI aponta que o aumento de tarifas de importação elevou o risco de recessão nos EUA e fragilizou o dólar no mercado internacional.

A elevação das tarifas também afeta o crescimento econômico mundial e o incremento da oferta de petróleo pela OPEP+ resultou na queda global do preço do barril, de US$ 75 no final de 2024 para US$ 62 no início de maio, conforme a CNI.

A diminuição já impactou a queda do preço do diesel nas refinarias da Petrobras, o que deve ter um efeito positivo sobre os custos de transporte e a inflação.

A representante nacional da indústria afirma que o aumento da Selic provoca o aumento do custo do crédito público e a expansão do déficit público brasileiro.

Além do aumento da taxa básica de juros, a CNI defende o controle dos gastos públicos, conforme também defendida pela Abrainc.

A política monetária necessita de apoio de uma política fiscal mais racional, com a contenção do aumento dos gastos públicos por meio de um acordo nacional sobre o equilíbrio fiscal. O Banco Central deveria considerar o incremento dos depósitos compulsórios como instrumento adicional da política monetária.

Confiança na indústria atinge menor nível em quase 5 anos.

Fonte: CNN Brasil

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