Aumento de 1% na riqueza de uma região está associado a 17 vezes mais secas na Amazônia, aponta estudo

Secas severas na região aumentaram três vezes desde 1990; setores de destaque nos EUA e na China respondem por grande volume de emissões.

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(Imagem de reprodução da internet).

Uma pesquisa publicada na Nature Climate Change, divulgada na quarta-feira (7.mai.2025), revela que o 1% mais rico da população mundial é responsável por uma contribuição 17 vezes maior para as secas na Amazônia e 26 vezes superior para ondas de calor, que ocorrem aproximadamente uma vez a cada 100 anos, em comparação com a média global.

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O estudo também aponta que os 10% mais ricos contribuíram seis vezes mais do que a média para o aumento das secas na região entre 1990 e 2020. Esses dados fazem parte de uma análise que relaciona emissões de gases de efeito estufa com eventos climáticos extremos em escala regional, abrangendo a floresta amazônica.

O consumo e os investimentos financeiros das pessoas mais ricas têm aumentado significativamente o risco de eventos climáticos extremos em diversas regiões vulneráveis do planeta, incluindo a Amazônia, o sudeste da Ásia e o sul da África.

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Secas intensas na Amazônia já diminuíram a capacidade da floresta de armazenar carbono. Atualmente, identifica-se uma relação direta entre essas alterações e as emissões provocadas por grupos com alta renda, afirmou Sarah Schöngart, autora principal do estudo e pesquisadora da ETH Zurich.

A análise revela que a probabilidade de secas severas na Amazônia cresceu cerca de três vezes desde 1990. Esse impacto é notável nos meses mais secos da região, especialmente em outubro, com aumento da intensidade do risco climático.

As emissões dos 10% mais ricos da China e dos Estados Unidos, por exemplo, contribuíram significativamente para o aumento desse problema. Em conjunto, essas elites nacionais respondem por quase metade das emissões globais atribuídas aos mais ricos.

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Fonte: Poder 360

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