Autonomia é prejudicial ao capitalismo, afirma Pochmann
O presidente do IBGE comente sobre pesquisa Datafolha que indica que 59% dos brasileiros preferem trabalhar de forma independente.

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, declarou que a preferência do brasileiro pelo trabalho autônomo é uma “má notícia para o capitalismo”. Ele argumentou que se trata de uma “regressão” que evidencia uma “agonia” do sistema econômico.
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Os comentários de Pochmann foram publicados em uma publicação nas redes sociais, em resposta a uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada na sexta-feira (20.jun). O levantamento indicou que 59% dos brasileiros preferem trabalhar como autônomos. Já 39% afirmam que se sentem mais confortáveis com um emprego formal.
Para o presidente do IBGE, a tendência de desinteresse pelo vínculo empregatício está relacionada diretamente às transformações econômicas no Brasil desde 1990.
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Com a hegemonia do neoliberalismo no Brasil, o emprego formal estagnou, acompanhando a diminuição da relevância do trabalho capitalista no conjunto da população.
Com base em Pochmann, nos últimos anos, com a estagnação dos empregos no setor público, aumentou o número de pessoas que buscam pequenos negócios como alternativa de sustento, frente ao colapso da sociedade industrial.
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Uma pesquisa Datafolha revelou que a preferência pela autonomia é maior entre os jovens. Houve concordância de 68% dos entrevistados na faixa etária de 16 a 24 anos. Em relação às pessoas com mais de 60 anos, 50% declararam preferir ter um trabalho autônomo, enquanto 45% responderam querer um emprego com carteira assinada.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 10 e 11 de junho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas em 136 municípios de todas as regiões do país. O erro amostral é de 2 pontos percentuais, podendo ser maior ou menor.
Fonte por: Poder 360