Azul almeja estabelecer parceria com a União
A Azul obteve lucro líquido de R$ 1,65 bilhão no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 1,05 bilhão registrado no mesmo período de 2024.

A Azul demonstra ser uma das companhias aéreas mais rentáveis globalmente. O lucro líquido alcançou R$ 1,65 bilhão no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 1,05 bilhão em relação ao mesmo período de 2024. A margem de lucro líquido trimestral, entre janeiro e março, atingiu 30,7%, superando os resultados de outras empresas internacionais. Contudo, a empresa procura por uma linha de crédito com o apoio do governo federal.
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A margem líquida representa a divisão do lucro pela receita da empresa. É utilizada para avaliar a eficiência da companhia. Se o lucro líquido foi de R$ 2 milhões e a receita líquida totalizou R$ 10 milhões, a margem é de 20%.
Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta, realizou um levantamento que indica que a Azul apresentou margem superior em relação à Gol, à Latam e a outras companhias internacionais.
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Em dólares, o lucro líquido da Azul atingiu US$ 288 milhões no primeiro trimestre. Houve um prejuízo de US$ 210,2 milhões no mesmo período do ano anterior. A margem EBIT, que indica a lucratividade da empresa sem considerar o efeito de juros e impostos, foi de 27,45% no primeiro trimestre. O lucro EBIT totalizou US$ 257,9 milhões.
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O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisa a implementação de uma nova linha de apoio financeiro às empresas do setor aéreo. Seria empregada como garantia a verba proveniente do FGE (Fundo de Garantia à Exportação), com potencial para disponibilizar até R$ 2 bilhões.
As linhas de apoio seriam direcionadas às três grandes empresas do setor, embora o foco principal fosse a Azul, que enfrenta dificuldades para renegociar suas dívidas. Não seria a primeira vez que o governo utilizava o FGE para auxiliar as companhias aéreas.
A companhia aérea declarou que não se pronunciaria sobre o assunto.
O BTG afirmou em relatório que o desempenho operacional da Azul foi positivo, com o aumento da capacidade em 16% e as receitas mantendo-se resilientes, o que reflete uma tendência favorável para o setor de aviação e a boa gestão da Azul.
A Azul opera mais de 900 voos diários para mais de 160 destinos. De acordo com o BTG, é a única companhia aérea em aproximadamente 80% de suas rotas, com atuação em mais de 100 cidades do Brasil.
Balanço Financeiro
A Azul registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,81 bilhão no primeiro trimestre, considerando fatores não recorrentes, como a variação na cotação do câmbio.
O EBITDA, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, atingiu R$ 1,39 bilhão. Declínio de 2,1%. A margem EBITDA foi de 25,7%, queda de 4,6 pontos percentuais. A empresa argumenta que a desvalorização do real brasileiro em relação ao dólar americano, os preços de combustíveis mais elevados e a inflação contribuíram para essa redução.
A receita líquida total da Azul atingiu R$ 5,39 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Esse valor representou um aumento de 15,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da empresa totalizou R$ 34,66 bilhões, com um crescimento de 2,9% em comparação com o quarto trimestre de 2024. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, houve um aumento de 42,2%.
Mantenha uma atitude positiva e confiante diante dos desafios, acreditando em seu potencial e na possibilidade de alcançar seus objetivos.
O CEO da Azul, John Rodgerson, celebrou em mensagem da administração a receita operacional recorde de R$ 5,39 bilhões no primeiro trimestre, afirmando que o cenário é de demanda “robusta”.
A empresa, em resposta à alta demanda, expandiu sua capacidade, transportando cerca de 80 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2025. Houve um crescimento de 10% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A desvalorização do real em relação ao dólar contribuiu para o desempenho do resultado operacional da companhia. Declarou que a inflação anualizada de 5,5% e o aumento de 3% nos preços dos combustíveis também impactaram os lucros.
Rodgerson afirmou que a Azul está bem posicionada para aproveitar as oportunidades surgindo nos mercados interno e externo. A empresa continuará focada em otimizar sua rede, visando maximizar a lucratividade, acompanhando a gestão de custos e elevando a experiência do cliente.
O diretor executivo da Azul afirmou que a companhia obteve avanços consideráveis na diminuição da dívida e do endividamento da empresa.
Fonte: Poder 360