Bad Bunny Confirma Participação no Super Bowl 60

A National Football League (NFL) manteve Bad Bunny como headliner do show de intervalo do Super Bowl 60, agendado para fevereiro de 2026, no Levi’s Stadium, em San Francisco. A decisão, que gerou críticas de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e seus apoiadores, foi confirmada pelo comissário da liga, Roger Goodell, durante entrevista coletiva após a reunião de outono da NFL.

“É tudo muito bem pensado. Não tenho certeza se já selecionamos um artista sem sofrer críticas ou reações negativas. É bem difícil fazer isso quando se tem centenas de milhões de pessoas assistindo”, afirmou Goodell. A escolha do artista se alinha com a expansão da NFL na América Latina, onde Bad Bunny, natural de Porto Rico e com 31 anos, se tornou um dos artistas mais populares, combinando elementos do pop, reggaeton e música latina.

O cantor, que ultrapassou a marca de 80 milhões de ouvintes mensais no Spotify, utilizou a turnê de seu álbum “DeBÍ TiRAR MáS FOtoS” (2025 e 2026) para justificar a exclusão dos Estados Unidos da turnê, mencionando preocupações com o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE).

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As críticas de Trump, que se intensificaram em relação à mensagem de valorização da cultura latina que o artista transmite, surgiram em um contexto de repressão aos imigrantes nos Estados Unidos. Trump criticou a escolha da liga, classificando-a como “loucura” e culpando um promotor da liga.

Bad Bunny também se manifestou abertamente contra Trump, declarando apoio à democrata Kamala Harris em 2024 e criticando a fala do comediante Tony Hinchcliffe, que classificou Porto Rico como uma “ilha de lixo flutuante”. A tensão imigratória nos Estados Unidos afeta, especialmente, a comunidade latina, que representa 18,7% da população dos EUA, cerca de 62 milhões de pessoas, conforme dados do censo de 2020.

A apresentação do Super Bowl é organizada pela Apple Music e Roc Nation, em parceria com a liga de futebol americano.