Banco Central assina acordo de câmbio com o Banco Popular da China
As operações podem atingir um valor máximo de R$ 157 milhões, com prazo de validade de 5 anos.

O Banco Central firmou um acordo com o Banco Popular da China para a troca de moedas entre bancos. A ação visa prover liquidez e otimizar o funcionamento dos mercados financeiros, conforme declarado pela autoridade monetária. A íntegra do comunicado (PDF – 37 kB) e da resolução que permite a operação (PDF – 128 kB) estão disponíveis.
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O Banco Popular da China possui acordos de câmbio com os bancos centrais do Canadá, Chile, África do Sul, Japão, Reino Unido, Zona do Euro e outros.
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A assinatura ocorreu em evento nesta terça-feira (13.mai.2025) em Pequim, na China. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, esteve presente, ao lado do presidente do PBOC, Pan Gongsheng.
Em resolução, o presidente interino e diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Gomes, publicou uma resolução na segunda-feira (12.mai.2025) para definir o valor máximo de R$ 157 milhões das operações e prazo de validade de 5 anos.
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A decisão foi divulgada após reunião extraordinária do CMN na sexta-feira (9.mai.2025). Estabeleceu-se que os valores em reais recebidos pelo Banco Popular da China serão creditados em conta especial de depósito aberta em nome do Banco Central, sem remuneração ou acesso a crédito. A conta será utilizada restritivamente às movimentações de recursos vinculadas à execução do acordo.
Ao contratar as operações, o Banco Central deverá considerar as taxas de câmbio relativas às duas moedas nos mercados cambiais nacional e internacional, juntamente com as taxas de juros e os prêmios de risco das obrigações soberanas. As autoridades monetárias de cada país devem assegurar que as condições estabelecidas e acordadas garantam o equilíbrio econômico-financeiro das obrigações assumidas.
O Banco Central informou que possui um acordo parecido, firmado em 2021 com o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), denominado FIMA (Foreign and International Monetary Authorities Repo Facility). Através desse modelo, o Brasil pode acessar dólares por meio de uma operação compromissada, mediante a contrapartida de receber títulos do Tesouro norte-americano.
Após a crise financeira global de 2007-2008, os swaps bancários centrais tornaram-se mais frequentes. O BC informou que está em negociações para a concretização de acordos semelhantes com outros países.
Fonte: Poder 360