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Banco Central aumenta a previsão de crescimento do PIB para 3%

21/12/2023 às 9h45

Por: José News
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O Banco Central revisou sua previsão de crescimento para a economia brasileira em 2023. Agora, ele prevê um crescimento de 3%, um pouco acima dos 2,9% que tinham sido estimados em setembro. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 também foi revisada para baixo, de 1,8% para 1,7%.

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O documento também trouxe uma revisão incrível que aumenta a probabilidade de a inflação ultrapassar a meta neste ano. Agora, estimam que a chance do índice superar o limite superior de 4,75% está em 17%, em vez dos 67% estimados em setembro.

As expectativas do BC para o crescimento da economia se alinharam com as estimativas do governo para este ano, mas estão um pouco menos otimistas para 2024. Segundo o Ministério da Fazenda, é esperado um crescimento de 3,0% em 2023 e de 2,2% no próximo ano. Já a pesquisa mais recente da Focus indica que o mercado prevê uma expansão do PIB de 2,92% em 2023 e 1,51% em 2024.

Dados da atividade econômica surpreenderam positivamente neste ano, mas já começam a indicar uma desaceleração diante dos efeitos da política monetária contracionista promovida pelo Banco Central com o objetivo de controlar a inflação.

O relatório mostrou que a economia está desacelerando, mas o crescimento do PIB no último trimestre foi um pouco melhor do que o esperado.

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O BC explicou que a revisão para baixo de 2024 é devido às menores estimativas para a agropecuária e a indústria, além da previsão de consumo e investimentos mais fracos do governo. Embora o setor de serviços, as importações e o consumo das famílias estejam previstos para melhorar, não conseguiram compensar completamente essas quedas.

Mas o banco ponderou que sua expectativa é de que o crescimento se recupere de maneira gradual em 2024, depois de uma desaceleração no segundo semestre de 2023.

Segundo ele, a previsão é que a economia cresça de forma mais rápida no próximo ano, com as famílias gastando um pouco menos, empresas investindo novamente e as contas do país em boa situação.

A inflação está diminuindo.

Em relação à inflação, o BC afirmou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu menos do que o previsto no relatório de setembro, com surpresa baixista originada principalmente nos segmentos de preços administrados, especialmente combustíveis, e de bens industriais.

“Segundo o especialista, a inflação total e a média das formas de inflação mais essenciais estão se aproximando da meta de inflação nas últimas divulgações.”

O banco central disse que as expectativas de inflação para os próximos anos não mudaram muito e continuam instáveis.

O BC afirmou no documento que prevê novas reduções de 0,50 ponto percentual na taxa de juros básica. Essas reduções devem acontecer nas próximas reuniões do Copom e são consideradas necessárias para manter o controle da inflação. Atualmente, a taxa está em 11,75% ao ano.

“O Comitê reitera que a quantidade total de mudanças relacionadas à flexibilização dependerá das variações da inflação ao longo do tempo”, afirmou, reafirmando o comunicado divulgado em dezembro.

Negócios em vigor

O Banco Central melhorou sua estimativa para o resultado das transações correntes neste ano, passando a ver um déficit de 26 bilhões de dólares, ante saldo negativo de 36 bilhões de dólares projetado em setembro, enxergando para 2024 déficit de 35 bilhões de dólares, de 37 bilhões de dólares antes.

De acordo com o relatório do BC, os Investimentos Diretos no País (IDP) devem chegar a 60 bilhões de dólares em 2023, uma queda em relação aos 65 bilhões de dólares previstos anteriormente. Para o ano de 2024, a autoridade monetária projeta um aumento para 70 bilhões de dólares, ao invés dos 75 bilhões de dólares estimados anteriormente.

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