Banco Master: Crise expõe riscos para empresas e fundos de pensão

Banco em crise enfrenta problemas graves após fusão com o BRB ser descartada, com bilhões em títulos sem proteção do FGC.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Crise no Banco Master Ameaça Empresas e Fundos de Pensão

O Banco Master enfrenta uma grave crise financeira que pode impactar empresas e fundos de pensão que detêm títulos emitidos pela instituição. Segundo informações da Bloomberg, empresas como Oncoclínicas, fabricante de equipamentos de refrigeração Metalfrio e o fundo de previdência Rioprevidência aparecem entre os credores mais expostos à situação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A dificuldade do banco em obter novos recursos se intensificou após o Banco Central rejeitar sua fusão com o Banco de Brasília (BRB). Sem essa operação, o Master teve poucas opções de capitalização, enquanto os detentores de sua dívida aguardam uma definição sobre o futuro.

Exposição de Grandes Valores e Riscos

Fontes da Bloomberg indicam que algumas empresas possuem investimentos de até R$ 350 milhões em CDBs do banco, um valor superior ao limite de proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre apenas até R$ 250 mil por investidor. Essa exposição representa um risco significativo para os investidores.

LEIA TAMBÉM!

O problema também afeta fundos de pensão. A Rioprevidência, que atende servidores do estado do Rio de Janeiro, teria quase R$ 1 bilhão exposto em letras financeiras do banco, um tipo de título não coberto pelo FGC. Em caso de insolvência do Master, esses títulos podem ficar em “limbo” durante o processo de liquidação.

Investigações e Impacto no Mercado

Especialistas alertam que a situação pode impactar o mercado de dívida corporativa no Brasil, de forma semelhante à crise da Americanas em 2023. A complexidade da crise e a exposição de grandes valores geram incertezas e podem afetar a confiança do mercado.

Investigações da Polícia Federal

Além das dificuldades financeiras, o Banco Master é alvo de investigação. A Polícia Federal abriu um inquérito após solicitação do Ministério Público Federal, que recebeu informações do Banco Central sobre as negociações frustradas com o BRB. O Banco Central considerou que a operação poderia comprometer as contas do banco público e causar prejuízo ao erário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A PF também apura indícios de investimentos de R$ 2 bilhões feitos pelo Master em empresas sem capacidade econômica, segundo relatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Banco Master afirmou ter sido “surpreendido” com a abertura da investigação e disse ainda não ter sido notificado oficialmente. O BRB declarou que colaborará com as autoridades.

Sair da versão mobile