Banco Mundial e agência da ONU assinam acordo sobre energia nuclear segura

A parceria entre o banco oferece suporte técnico e financeiro e concentra-se em nações em desenvolvimento.

26/06/2025 10h19

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O Banco Mundial e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) da ONU (Organização das Nações Unidas) lançaram nesta 5ª feira (26.jun.2025) um novo acordo de cooperação para o financiamento e o desenvolvimento seguro de energia nuclear em países em desenvolvimento. O projeto contempla a extensão da vida útil de reatores existentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O acordo de entendimento foi assinado em Paris e divulgado pelo presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e pelo diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em declarações conjuntas.

A iniciativa se apresenta como resposta à demanda por fontes de energia confiáveis e de baixo carbono, visando impulsionar o desenvolvimento econômico. A colaboração se estenderá globalmente, concentrando-se em países em desenvolvimento que procuram diversificar suas fontes de energia utilizando tecnologias de baixo carbono. Não foram definidos quais países seriam os primeiros a receber os benefícios ou qual o valor dos recursos a serem alocados para essas iniciativas.

LEIA TAMBÉM:

O Banco Mundial e a AIEA serão os principais atores nesta colaboração. O Banco Mundial retomará o financiamento de projetos nucleares, e a AIEA fornecerá sua experiência técnica e regulatória no setor nuclear.

De acordo com Banga, há mais de 60 anos, quando o Banco Mundial financiou pela última vez um projeto relacionado à energia nuclear, o consumo médio per capita de eletricidade em países ricos era de 38 MWh por ano. Atualmente, esse consumo é de 50 MWh, enquanto em países do continente africano ele é de 4 MWh.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O presidente do Banco Mundial considera combater a desigualdade no acesso ao consumo um dos principais objetivos da parceria com a agência nuclear da ONU.

A energia é essencial para o funcionamento de empregos, fábricas, hospitais, escolas e sistemas de água. À medida que a demanda cresce – devido à inteligência artificial e ao desenvolvimento – devemos auxiliar os países a fornecer energia confiável e acessível, declarou Banga em sua fala.

Por isso, estamos abraçando a energia nuclear como parte da solução e reincorporando-a como parte do mix que o Grupo Banco Mundial pode oferecer aos países em desenvolvimento para alcançar suas ambições, acrescentou o presidente do Banco Mundial.

Grossi definiu o acordo como “histórico”, considerando-o “um sinal do retorno do mundo ao realismo sobre a energia nuclear”. O diretor-geral da AIEA também classificou a parceria como “primeiro passo crucial” para viabilizar o financiamento da tecnologia de pequenos reatores modulares, que possuem potencial para adoção em países em desenvolvimento.

As instituições buscam, também, estender a vida útil de usinas nucleares existentes, avaliando-as como fontes de energia de baixo carbono com vantagens econômicas significativas.

Fonte por: Poder 360

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.