O Banco Nacional, historicamente popular entre milhões de brasileiros, chegou ao fim de sua trajetória após um longo período marcado por desafios e má gestão. Instituições financeiras desempenham um papel crucial na economia, mesmo que muitas vezes de forma indireta, e a história do sistema bancário brasileiro é repleta de exemplos de grandes companhias que enfrentaram dificuldades.

Origens e Expansão

Fundado em 1944 pelos irmãos Magalhães Pinto em Minas Gerais, o Banco Nacional rapidamente se expandiu, estabelecendo agências em todo o país e buscando parcerias estratégicas. A empresa atraiu a atenção do público ao associar sua marca a grandes nomes do esporte, como o Vasco e o Fluminense, além do renomado piloto Ayrton Senna, e à mídia, como o Jornal Nacional.

O Início da Crise

Apesar do sucesso inicial, o banco enfrentou uma crise profunda a partir de 1987, quando começou a inflar seu balanço patrimonial de forma fraudulenta. Embora sinais de irregularidade fossem detectados no ano seguinte, a instituição continuou operando.

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Essa situação culminou em uma intervenção do Banco Central em 1995, sob o Regime de Administração Especial Temporária (RAET).

Investigações e Consequências

Em 1997, o Ministério Público Federal acusou 33 pessoas envolvidas na fraude, incluindo o controlador do banco, Marcos Magalhães Pinto. Em 2002, Marcos Magalhães Pinto foi condenado a 28 anos de prisão, pena posteriormente reduzida para 12 anos e, posteriormente, extinta.

A história do banco foi marcada por diversas intervenções e investigações.

Liquidação Extrajudicial

Em agosto de 2024, o Banco Central concluiu a liquidação extrajudicial do Banco Nacional, que havia sido iniciada em 1996. Essa liquidação ocorreu no âmbito do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), encerrando dívidas que somavam R$ 5,36 bilhões com o setor público.

O processo de encerramento representou o fim de quase 29 anos após a instituição do programa em novembro de 1995.