Bessent lidera missão econômica à Ásia: China, Japão e Coreia do Sul

Scott Bessent viaja à Malásia, Japão e Coreia do Sul para alinhar comércio com a China, selar pacto com Seul e fortalecer presença EUA no Pacífico.

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(Imagem de reprodução da internet).

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acompanhará o presidente Donald J. Trump em uma missão de alto nível na Ásia, com paradas na Malásia, no Japão e na Coreia do Sul. Essa agenda representa um movimento além do protocolo diplomático, sinalizando a importância da diplomacia econômica como parte da estratégia americana.

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Negociações na Malásia e tensões com a China

Na Malásia, Bessent se encontrará com o vice-premiê chinês He Lifeng, em meio a tensões comerciais entre os EUA e a People’s Republic of China (PRC). As conversas ocorrem em um momento delicado, conforme confirmado pela Reuters, que reportou a confirmação chinesa da presença de altos funcionários dos EUA para essas negociações.

O foco principal é o comércio bilateral, juntamente com as restrições chinesas sobre “terras raras” e produtos de alta tecnologia, que os EUA consideram uma ameaça às suas cadeias produtivas.

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Reforçando alianças no Japão

No Japão, Bessent acompanhará Trump durante a visita de Estado em Tóquio, reforçando que, neste governo, o Tesouro não fica à margem, mas ingressa na arena de alianças estratégicas e econômicas.

Acordo com a Coreia do Sul e a APEC

Na Coreia do Sul, a agenda se conecta ao fórum da Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) em Gyeongju e à finalização de acordos comerciais relevantes. Segundo Bessent, os EUA estão “próximos de finalizar um acordo com a Coreia do Sul nos próximos 10 dias”.

Implicações e o papel de Bessent

A missão de Scott Bessent à Ásia não é apenas protocolo; representa uma ligação direta entre a política fiscal interna, a diplomacia econômica e a estratégia geopolítica global. A estabilidade das finanças americanas exige uma resposta, e a presença do Tesouro em fóruns e negociações internacionais enfatiza que os EUA querem ser protagonistas na nova ordem econômica do Pacífico.

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A situação fiscal dos EUA, com um déficit/PIB que pode cair para 3% (em comparação com os atuais 5%), demonstra a importância de manter finanças sólidas para ter “munição” diplomática. A projeção de que a dívida pública/PIB dos EUA ultrapasse 100% até 2028 exige coesão e liderança internacional para evitar uma crise de credibilidade.

A China exige uma resposta às restrições de exportação de matérias-primas estratégicas e software, e figuras como Bessent são usadas para avançar o diálogo antes da reunião entre Trump e Xi Jinping.

O acordo com a Coreia do Sul (com investimentos prometidos de cerca de US$ 350 bilhões) mostra que os EUA querem converter a diplomacia em compromissos concretos.

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