Boeing acorda com multa de US$ 1,39 bilhão para finalizar ação criminal relacionada ao 737 Max

Acordo com o Judiciário americano possibilita à empresa remover admissão de responsabilidade em relação a acidentes que ceifaram 346 vidas.

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(Imagem de reprodução da internet).

A Boeing concluiu um acordo de US$ 1,39 bilhão com o Departamento de Justiça dos EUA para resolver processo criminal por fraude em relação a dois incidentes do 737 Max que resultaram na morte de 346 pessoas.

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O documento foi registrado em 4 de jun. de 2025 na SEC, após a assinatura na semana anterior. O acordo permite que a fabricante retire a confissão de culpa anterior e aguarda aprovação do juiz federal Reed O’Connor.

O valor total compreende US$ 444,5 milhões em indenização para as famílias das vítimas; US$ 243,6 milhões em multa criminal; e US$ 455 milhões em investimentos em segurança até 2026.

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Famílias das vítimas questionam o acordo. Os advogados possuem até 18 de junho para apresentar suas alegações. Boeing e o Departamento de Justiça terão uma semana para responder.

O juiz O’Connor já havia recusado acordo anterior em dezembro de 2024. Ele alegou dificuldades com as cláusulas de diversidade e supervisão inadequada na nomeação de monitor independente.

Os incidentes ocorreram em outubro de 2018 e março de 2019, envolvendo aeronaves da Lion Air na Indonésia e Ethiopian Airlines na Etiópia. As investigações identificaram uma falha no MCAS, sistema que fazia o nariz da aeronave inclinar para baixo repetidamente. Os pilotos não conseguiam recuperar o controle.

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Em julho de 2023, a Boeing reconheceu ter fornecido dados incorretos à FAA acerca dos riscos do sistema. O Departamento de Justiça havia interrompido o processo em 2021 após o pagamento de US$ 2,5 bilhões e a adoção de medidas de adequação.

Em janeiro de 2024, uma porta de um 737 Max se desprendeu durante um voo. O ocorrido resultou na retomada do processo.

Fonte por: Poder 360

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