Bolsonaristas planejam “retaliação” contra Motta e Alcolumbre sem concessões

A base de apoio a Bolsonaro busca o projeto de ampliação do número de deputados, ainda que a medida possa beneficiar Lula.

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Diante das recentes decisões de não conceder anistia aos golpistas de 8 de Janeiro e de impedir a realização de reuniões das comissões em recessão, a oposição bolsonarista articula uma reação controversa aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) propuseram uma agenda principal para os presidentes das Casas: o projeto que eleva o número de deputados federais de 513 para 531. A proposta, já aprovada pelo Congresso, foi vetada pelo presidente Lula (PT) na última quarta-feira 16 e deverá passar por nova análise no Legislativo.

A manutenção do veto em relação a Lula desafia os interesses de Motta e Alcolumbre — os principais responsáveis pelo projeto — e a oposição o interpreta como uma retaliação aos chefes da Câmara e do Senado, ainda que isso favoreça o governo petista.

LEIA TAMBÉM!

A mudança pode fragmentar a base da direita, uma vez que a ampliação do número de deputados incluiria estados governados por aliados de Bolsonaro, além de ajustar distorções demográficas. Contudo, a interpretação entre os apoiadores de Bolsonaro sugere que a manutenção do veto pode ser um sinal político e um meio de pressão.

A ação, na prática, pressionaria Alcolumbre, que havia prometido sancionar o projeto se Lula não se omitisse, o que não aconteceu. O presidente do Senado articulava a expansão das cadeiras como forma de beneficiar aliados do Amapá e redistribuir força política em outros estados estratégicos.

Se o veto permanecer, o número de deputados permanecerá em 513, mas a redistribuição entre estados ainda precisará ocorrer conforme a determinação do Supremo Tribunal Federal. Estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco podem perder assentos, o que aumenta a tensão entre as bancadas regionais e pode causar dificuldades para Motta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fonte por: Carta Capital

Sair da versão mobile