Bolsonaro acusa Mauro Cid de mentir e ter “memória seletiva”

Celso Vilardi alega que o tenente-coronel fabricou uma reunião entre o ex-presidente e um empresário, que nunca ocorreu.

09/06/2025 21h49

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A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa a interrogar nesta 2ª feira (9.jun.2025), 8 réus do núcleo 1 da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. O 1º deles a ser ouvido é o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada com a PF (Polícia Federal), homologado pelo STF.  Ele é o 1º justamente por ser o réu delator. A ordem dos demais depoimentos respeitará a ordem alfabética. | Sérgio Lima/Poder360 - 09.jul.2025

O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, declarou que o tenente-coronel Mauro Cid testemunhou de forma falsa em sua delação premiada e durante o depoimento ao STF nesta segunda-feira (9.jun.2025). Afirmou que o militar possui uma memória absolutamente seletiva, recorda de certos eventos e omite outros.

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Cid, na defesa do ex-presidente, alegou à PF uma reunião entre Bolsonaro e empresários que não ocorreu.

A reunião com os empresários nunca ocorreu, eles não entraram no Palácio, ele está fazendo uma narrativa de uma reunião que não existiu. Então, é dessa pessoa que estamos na mão. Não [consta] entrada no Palácio, não está na agenda, não tem como ter tido. E ali ele narra para um general do Exército que teve reunião. É mentira, não teve reunião.

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Durante a sessão, Vilardi reproduziu a gravação em que Mauro Cid relata que empresários pressionaram Bolsonaro para tentar revert o resultado das eleições de 2022. Questionado pelo advogado sobre a qual seria a mensagem, o tenente-coronel declarou “não se lembrar”, mas acredita que foi para o general Freire Gomes.

A gravação foi apreendida pela Polícia Federal durante as investigações. A conversa revela que o grupo de executivos se reuniu com Bolsonaro em 7 de novembro de 2022. Estavam presentes o fundador da construtora Tecnisa, Meyer Nigri, e o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang.

Vilardi afirma que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro se contradiz em todos os depoimentos ou se esquiva quando é questionado. Contudo, declarou que o interrogatório do tenente-coronel foi “extremamente positivo” para a defesa.

Essa pessoa é o delator desta ação penal. É uma pessoa que mente em um diácom um general. Então, é fácil depor quando você tem uma memória seletiva, você fala, eu lembro disso e daquilo. Aí, quando você entra para perguntar para ele contradições, ele fala, esqueci. Está lotado de contradições, desde o primeiro depoimento, este é o sétimo depoimento, de novo diferente, não tem um depoimento idêntico.

Fonte por: Poder 360

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