Bolsonaro afirmou, durante o depoimento, que não desejava ser considerado culpado

Ex-presidente é acusado desde março por tentativa de golpe de Estado.

10/06/2025 21h31

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(Imagem de reprodução da internet).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na terça-feira (10), durante o depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), que “não desejava ser condenado”.

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Ele é réu desde 26 de março, na ação que apura uma tentativa de golpe de Estado, após decisão unânime da Primeira Turma do STF.

“Dediquei o máximo do meu esforço na Presidência, mesmo não esperando ser eleito presidente. Não tenho obsessão pelo poder, tenho paixão pelo nosso Brasil […]. Obviamente não gostaria de ser condenado, até porque entendo que nada do que estou sendo acusado procede. Conto com os senhores e com o procurador também que tenham um julgamento isento”, disse o ex-presidente.

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O ex-presidente Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral da República de liderar uma organização criminosa com o objetivo de permanecer no poder após as eleições de 2022.

Segundo a PGR, ele elaborou e redigiu um esboço que previa um estado de exceção no país, além de ter conhecimento do plano “Punhal Verde Amarelo”, destinado a eliminar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes.

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De acordo com a investigação, Bolsonaro também atuou para disseminar informações falsas sobre a lisura das eleições e supostas fraudes nas urnas eletrônicas.

A denúncia indica que, em dezembro de 2022, o ex-presidente recebeu de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, um projeto de decreto que propunha, entre outras coisas, a convocação de novas eleições.

Bolsonaro teria realizado alterações no texto e, após aprová-lo, começou a discutir o conteúdo com os comandantes das Forças Armadas.

A denúncia também menciona diversas reuniões como parte da articulação golpista. Uma delas ocorreu em julho de 2022, quando ministros do governo teriam discutido manobras para “virar o jogo” eleitoral.

Durante o depoimento, o ex-presidente declarou nunca ter se oposto à Constituição federal, além de pedir desculpas a Alexandre de Moraes e aos demais ministros do Supremo Tribunal Federal por ataques anteriores, afirmando não ter provas quando o acusou de receber propina por fraudar a eleição.

O desembargador afirmou que Bolsonaro teria declarado, em uma reunião com embaixadores, que “algo estranho” estava ocorrendo no Brasil e que “perder uma eleição não representa problema algum, não podemos perder a democracia em uma eleição fraudulenta”.

Bolsonaro pode permanecer inelegível até 2061, estima especialista consultado pela CNN. O ex-presidente já está afastado da disputa até 2030, decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte por: CNN Brasil

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