Bolsonaro comprova, por meio de sua falta, ser o principal líder político da América Latina

Em liberdade, Bolsonaro assume o papel de agitador de massa; preso, torna-se a representação de uma ideia que pode ser realizada, independentemente de s…

06/08/2025 14h49

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

As manifestações do último domingo surpreenderam pela sua magnitude. Centenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas das capitais do país. Os slogans eram favoráveis a Bolsonaro e em apoio à liberdade. Não houve incidentes graves. O evento ocorreu de maneira pacífica e organizada.

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Havia ceticismo quanto ao êxito desses eventos. Aliás, Bolsonaro, o principal líder da oposição no país, não pôde comparecer devido a uma decisão judicial. Mesmo entre os organizadores, havia uma considerável desconfiança. Temiam que, com baixa adesão, forneceriam material para que seus oponentes desqualificassem os apoiadores do ex-presidente.

Foram divulgadas informações distorcidas.

Ainda não ocorreu desta vez. Alguns registraram imagens logo pela manhã, enquanto os manifestantes se deslocavam para o local. Publicaram imagens com poucos participantes, como se aquela cena representasse toda a manifestação. Contudo, o sucesso da presença de tantas pessoas levanta uma questão: será que Bolsonaro deixou de ser necessário? Estariam os brasileiros buscando atingir determinados objetivos sem a liderança direta do ex-presidente?

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Os ensinamentos de Gaudencio

Aqueles que pensam dessa forma podem estar equivocados. Para uma compreensão mais profunda do significado dos acontecimentos, é possível consultar os estudos do psiquiatra Paulo Gaudencio, um dos maiores especialistas em liderança do país. Ele publicou um livro de grande sucesso que permaneceu nas listas de mais vendidos no Brasil e em vários países: *Superdicas para se tornar um verdadeiro líder*.

Gaudencio apresenta, de forma clara e eficaz, as características fundamentais de um líder. Ele aplicou, ao longo de várias décadas, os conceitos abordados no livro no ambiente empresarial. Suas lições se destacam pela inteligência e facilidade de compreensão.

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Um livro que continua a encantar.

Como coordenador da série em que sua obra foi publicada, tive a oportunidade de receber e avaliar os comentários dos leitores. As considerações positivas atingiram a unanimidade. Com outras palavras, diziam entusiasmados: “Foi o melhor livro sobre liderança que já li”. Tão grande é a verdade que, mesmo após a morte do autor, suas orientações continuam a encantar pessoas em todo o mundo.

Em certo capítulo, Gaudencio declara:

Compreendendo o que almeja, é hora de se dedicar para alcançar o que deseja. Ali reside, talvez, a mais importante das lições sobre o papel do líder: o essencial não é apenas a efetivação do sonho ou ser considerado responsável por sua realização.

O autor direciona a atenção para aquilo que pode ser a maior revelação do livro. Uma consideração contundente, de fundamental importância.

A chave reside no líder envolver e dedicar outras pessoas ao seu objetivo, e, posteriormente, os seguidores buscarem meios para que essa grande ambição se torne realidade, sem depender da participação do líder.

A proposta já foi implementada.

Essa pode ser a razão da relevância da ausência de Bolsonaro nos protestos. Sua defesa da Pátria, Família, Deus e Liberdade de Expressão tornou-se tão central para seus seguidores que se tornou a própria bandeira deles. Assim como Gaudencio, os seus seguidores buscaram caminhos para que essa grande aspiração fosse concretizada, com ou sem a presença de Bolsonaro.

Assim, aquele que julgou ou tentou que o ex-presidente já tivesse perdido sua importância e influência comete o erro de conclusões precipitadas, sem respaldo em uma análise mais aprofundada. Bolsonaro não apenas não perdeu o protagonismo do bolsonarismo, como fortalece a cada dia a força da ideia que implantou entre seus seguidores.

Ainda ou não?

Assim, pode-se entender o receio de seus oponentes. Em liberdade, Bolsonaro se transforma, como já demonstrou em inúmeras ocasiões, num instigador de multidões. Preso, passa a ser a personificação de uma ideia que poderá ser concretizada com ou sem a sua presença. Afinal, o que seria menos problemático para aqueles que o confrontam? Siga pelo Instagram: @polito

Fonte por: Jovem Pan

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