Bolsonaro critica gestão de Motta e exalta Lira
Deputado afirmou que a obstrução realizada por parlamentares na Câmara e no Senado foi um recado simbólico aos presidentes das Casas.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a gestão de Hugo Motta (Republicanos-PB) na presidência da Câmara, o comparando com o anterior, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
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As declarações, proferidas em entrevista à publicação de Bela Megale, no jornal O Globo, indicam que Motta não abordou o PL que propõe anistia aos presos e investigados do dia 8 de Janeiro.
Eduardo afirmou em entrevista, publicada nesta quinta-feira (7.ago.2025), que Hugo Motta tem de fazer é o mesmo que ocorria na época de Arthur Lira. O plenário é o responsável pelas decisões, em vez de um indivíduo controlar a pauta para direcionar os resultados de sua própria vontade.
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Eduardo afirmou que a atuação de Motta resultou na oposição em obstruir as atividades no Congresso Nacional nesta semana. Na terça-feira (5.ago), parlamentares contrários ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocuparam as presidências da Câmara e do Senado e utilizaram fita adesiva em manifestação contra o regime de prisão domiciliar imposto pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O projeto de lei está promovendo uma obstrução na Câmara e no Senado. [Os deputados] precisaram ocupar as cadeiras do presidente para transmitir uma mensagem simbólica. Estão ali na sessão plenária, mantendo conversas com deputados de esquerda, afirmou. “Por que não colocaram a anistia para ser votada? Por que o Motta não faz isso? Essa é a nossa reclamação”, declarou o deputado.
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A obstrução, que se estendeu por dois dias, foi finalizada na Câmara na noite de quarta-feira (6.ago) após Motta alcançar um acordo com os deputados. O líder do PL, Sósthenes Cavalcante (PL-RJ), declarou que a oposição abandonou a Mesa Diretora devido ao compromisso de Motta em agendar o PL da anistia e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do foro privilegiado.
Contudo, o Poder360 constatou com parlamentares da governista e da oposição que Motta teria se comprometido a não impedir a medida caso fosse a decisão do colegiado de líderes. PP, União Brasil, Novo, PL e PSD apoiam a proposição para votação.
Eduardo Bolsonaro, residente nos EUA, declarou em entrevista publicada na quarta-feira (6.ago) que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também podem enfrentar sanções do governo de Donald Trump (Partido Republicano), semelhante ao ocorrido com Moraes.
A declaração indicou que, com a falta de um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes no Senado e a ausência de um pedido de anistia pelo presidente da Câmara, eles estavam sendo monitorados pelas autoridades americanas.
Fonte por: Poder 360