Reação Brasileira à Proposta de Anistia para Condenados por Tentativa de Golpe
Uma pesquisa recente da Quaest/Genial, divulgada nesta quarta-feira, 17, revela um forte sentimento de oposição entre a população brasileira em relação à possível redução de penas para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros indivíduos condenados por sua participação na tentativa de golpe de Estado.
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Os dados indicam que 47% dos entrevistados se opõem firmemente à medida, refletindo a preocupação com a segurança nacional e a necessidade de responsabilização por atos que ameaçaram a democracia. A discussão sobre a dosimetria das penas, presente em um projeto de lei em análise no Congresso, tem gerado debates acalorados entre diferentes setores da sociedade.
O levantamento também aponta que 24% dos brasileiros são favoráveis à proposta de redução de penas, enquanto 19% consideram que a diminuição das penas deveria ser ainda maior. Uma parcela de 10% dos entrevistados não soube ou não respondeu à pergunta sobre o tema.
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Análise da Opinião Pública sobre Anistia
A pesquisa da Quaest mergulha na opinião pública em relação à anistia para os condenados pela tentativa de golpe. Os resultados mostram uma divisão clara: 44% dos entrevistados rejeitam totalmente a anistia, enquanto 36% defendem que ela seja aplicada a todos os envolvidos, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.
Uma minoria, 10%, acredita que a anistia deveria ser restrita apenas aos indivíduos diretamente ligados aos atos de 8 de janeiro. A discussão sobre a anistia se intensificou após a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados e sua subsequente análise na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Alterações no Projeto de Lei
O relator do projeto de lei, senador Esperidião Amin (PP-SC), implementou alterações significativas no texto, restringindo a aplicação das novas regras exclusivamente aos crimes relacionados aos atos que ocorreram em 8 de janeiro. Essa medida visa evitar a expansão dos efeitos da anistia para outros tipos penais, gerando debates sobre a abrangência da legislação.
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A expectativa é que a votação do projeto no Senado ocorra em breve, com a Comissão de Constituição e Justiça desempenhando um papel crucial na definição do futuro da proposta.
