O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou que considerou a decretação de estado de defesa e de sítio com oficiais das Forças Armadas após as eleições presidenciais de 2022. A afirmação foi feita em entrevista à UOL na quarta-feira (14.mai.2025).
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Bolsonaro afirmou ter buscado orientação de pessoas próximas após o TSE rejeitar os recursos do partido que contestava o resultado eleitoral. Em resposta a questionamentos, justificou o contato com os comandantes militares como: “conversar com as pessoas de confiança mais próximas”. E complementou: “Por que com os comandantes militares? É o meu círculo de amizade, eu fui militar”.
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O ex-presidente consultou o comando militar sobre suas possibilidades de ação dentro das quatro linhas da Constituição. Referindo-se à resposta do comandante Freire Gomes sobre a possibilidade de estado de defesa e de sítio, Bolsonaro questionou: “Aí está a resposta do comandante Freire Gomes. O que foi discutido, hipóteses de dispositivos condicionais. Algum problema nisso?”
As discussões incluíram os então comandantes das Forças Armadas, como o general Freire Gomes e o almirante Almir Garnier. Apurações da PF (Polícia Federal), mencionadas na entrevista, indicam que o almirante da Marinha teria sido o único a concordar com um possível golpe.
Bolsonaro contradisse a informação durante a entrevista. “O comandante da Marinha era o que menos falava. O que ele falava, de vez em quando, era ‘estou junto’.” Por causa disso, estaria favorável a um ato antidemocrático? Outra coisa, você discutir hipóteses de dispositivos constitucionais e isso é antidemocrático? Eu acredito que é antidemocrático porque o TSE fez comigo.
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O ex-presidente afirmou que o “estado de sítio foi estudado”, mas negou ter tentado um golpe de Estado. Bolsonaro e o almirante Garnier são réus no STF.
Fonte: Poder 360