Bolsonaro reconhece ter tido conversas com militares sobre estratégias para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022

O ex-presidente declarou que considerava “normal” o conteúdo da reunião com ex-comandantes das Forças Armadas. O episódio é um dos mencionados na ação penal contra Bolsonaro no STF.

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(Imagem de reprodução da internet).

Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter conversado com os comandantes das Forças Armadas sobre estado de sítio e estado de defesa após a derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022. A declaração foi feita em entrevista aos jornalistas Carla Araújo e Josias de Souza, do UOL.

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De acordo com o relato de Bolsonaro, a discussão ocorreu após o Tribunal Superior Eleitoral ter negado os recursos do Partido Liberal contra a anulação de votos do segundo turno daquele ano, mantendo também a multa de 22,9 milhões de reais para a sigla.

Em dezembro de 2022, Bolsonaro afirmou que conversou com pessoas de confiança próximas e questionou militares sobre possibilidades de permanecer no poder dentro das quatro linhas da Constituição.

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O comandante Freire Gomes apresentou a possibilidade de um estado de defesa e de sítio. Foram discutidas hipóteses de dispositivos condicionais. Não havia problemas nisso, afirmou o ex-presidente. É um remédio constitucional.

Na ocasião, conforme relatório da Polícia Federal, Bolsonaro esteve com Freire Gomes (Exército), Baptista Júnior (Aeronáutica) e Almir Garnier (Marinha) no Palácio da Alvorada — segundo a investigação, somente o último aceitou o plano de golpe.

Ele afirmava que as questões estavam “dentro das quatro linhas”, o que o tornaria favorável a um ato antidemocrático? Além disso, discutir hipóteses de dispositivos constitucionais é antidemocrático? Acredito que sim, porque o TSE agiu comigo, disse Bolsonaro.

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O ex-presidente ainda comparou sua situação com a da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que, segundo ele, também estudou decretar estado de sítio em 2016, durante o processo de impeachment.

Fonte: Carta Capital

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