O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) gravou um vídeo de aproximadamente 1h30min com um casal de idosos que alega ter sido prejudicado pelos descontos incorretos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). As imagens serão utilizadas em uma campanha contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gravação ocorreu nesta quarta-feira (14.mai.2025), em Brasília.
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Os idosos relataram terem sido vítimas de débitos mensais entre R$ 45 e R$ 50 nas aposentadorias, situação que se estendeu por mais de dois anos. A responsável por esses desvios seria a Ambec (Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos).
A campanha do PL será lançada nas redes sociais e na TV em 27 de maio. Liderada por Fábio Wajngarten, assessor de Bolsonaro e ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social, e pelo marqueteiro Duda Lima, a campanha tem o slogan “Aposentadoria é sagrada. Quem rouba, não cuida”. As informações são do jornal O Globo.
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AMBEC
Conforme apurado pelo O Globo, Enrique Lewandowski, filho do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, já atuou como advogado em defesa da Ambec. Ele é um dos contratados do escritório Panella Advogados para representar a Associação em uma ação do TCU.
Em 2024, o Tribunal identificou deduções indevidas em aposentadorias e estabeleceu providências emergenciais ao INSS.
O LADO OPOSTO
O PT busca relacionar o escândalo do INSS ao governo Bolsonaro. O partido alega que o esquema se desenvolveu durante a gestão do ex-presidente, com Lula investigando os desvios e punindo os responsáveis.
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Em 9 de maio, o PT divulgou, em sua conta no X (antigo Twitter), um vídeo que alega que o governo anterior é o responsável pelos cortes nos valores das aposentadorias do instituto.
Assista (1min 32s):
Operação “Sem Desconto”
A Polícia Federal instaurou, em 23 de abril de 2025, a operação Sem Desconto para apurar um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS. A operação executou 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva no Distrito Federal e em 13 estados.
A Polícia Federal identificou irregularidades nos descontos de taxas associativas cobrados sobre benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias e pensões concedidos pelo INSS.
Na operação, seis pessoas foram afastadas de suas funções. Dentre elas, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Fonte: Poder 360