Bolsonaro tenta novamente obstruir o andamento do processo da trama golpista

A defesa do ex-presidente apresentou um novo recurso solicitando um período adicional para examinar as evidências.

16/05/2025 20h05

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(Imagem de reprodução da internet).

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta sexta-feira 16 uma nova solicitação para postergar os depoimentos de testemunhas no processo referente à suposta trama golpista ocorrida no Supremo Tribunal Federal, originalmente agendada para a próxima semana.

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O pedido surge após o ex-capitão afirmar que morrerá na cadeia, caso seja condenado pelo STF. “Não vou sair do Brasil. Me prenda. Está previsto 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70, já, quase morri na última cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, declarou Bolsonaro ao canal AuriVerde Brasil no YouTube nesta sexta. “Eu com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia”.

Os advogados argumentam que não houve tempo para examinar minuciosamente todas as provas reunidas no processo, totalizando quase 40 terabytes. Os documentos foram disponibilizados à defesa nesta semana, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

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As sessões de audiência para ouvir todas as testemunhas começarão já na próxima segunda-feira, antes mesmo que a defesa tenha oportunidade de efetivamente acessar esta prova. A instrução terá duração de 17 dias, sem que haja tempo hábil para conhecer e utilizar outras mensagens que, como ressalta a imprensa, podem alterar a narrativa atualmente apresentada nos autos.

Trata-se do segundo requerimento de adiamento da defesa de Bolsonaro nesta semana. Na quarta-feira, 14, os advogados do ex-presidente já haviam recorrido ao Supremo apresentando os mesmos argumentos.

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O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes e o ex-chefe da Marinha Carlos de Almeida Baptista Junior têm depoimentos agendados para a próxima segunda-feira, dia 19.

Ainda em maio, deverão ser ouvidas outras testemunhas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o presidente do PL, Valdemar da Costa Netto.

O ex-presidente foi indiciado em março deste ano, sob acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.

Acompanham o ex-presidente no denominado “núcleo 1”, o chamado “núcleo crucial”, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Fonte: Carta Capital

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