O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou hoje (7) a convocação de um plebiscito nacional. O objetivo é permitir que o povo chileno decida sobre uma nova proposta para substituir a Constituição atual, vigente desde a ditadura.
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O documento foi finalizado na semana passada por um Conselho Constitucional, dominado por forças de direita, encarregado de redigir o texto. Uma primeira tentativa de substituir a Constituição, dominada por forças de esquerda e independentes, fracassou em setembro do ano passado.
“O plebiscito de 17 de dezembro está oficialmente convocado e eu convido todos os nossos compatriotas a se informarem e participarem”, disse Boric em uma cerimônia em Santiago, capital do Chile. “Confio plenamente na sabedoria do povo chileno”.
A maioria dos eleitores planeja rejeitar o texto proposto, segundo as últimas pesquisas, mas a diferença de opiniões tem diminuído nas últimas semanas.
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Beatriz Hevia, ex-presidente do Conselho Constitucional, afirmou que a proposta pode resolver a incerteza institucional e política, fortalecer as leis e a segurança jurídica, e fornecer as ferramentas necessárias para impulsionar nossa economia.
Em outubro, um relatório da S&P revisou a perspectiva econômica do Chile devido ao fraco acordo político. O governo de Boric, que apoiou a primeira proposta, decidiu não buscar uma terceira revisão constitucional.
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Se o documento for rejeitado em dezembro, o texto atual, que foi estabelecido durante o governo militar de Augusto Pinochet de 1973 a 1990, continuará em vigor.