Saúde Mental em Destaque: Preocupação Crescente entre Brasileiros
A saúde mental emergiu como a principal preocupação de saúde para 52% dos brasileiros, conforme revelada por uma pesquisa recente da Ipsos divulgada nesta terça-feira, 7. Em 2018, apenas 18% consideravam o tema prioritário, representando um aumento significativo de 34 pontos percentuais em sete anos.
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O Brasil ocupa atualmente a terceira posição global entre os países mais preocupados com o bem-estar mental, ficando atrás apenas do México (78%) e da África do Sul (76%). A crescente conscientização sobre a importância da saúde mental reflete um cenário de desafios e necessidades urgentes.
Preocupações Individuais e Demográficas
A maioria dos entrevistados (74%) relata pensar frequentemente sobre sua própria saúde mental ou a de familiares, superando a média mundial de 65%. A pesquisa também destaca que a pandemia de Covid-19 foi um fator crucial nesse aumento da preocupação, impactando a saúde mental de milhões de brasileiros.
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A saúde mental se destaca como o maior desafio para a população, superando outras preocupações como câncer (37%) e estresse (33%). Dados demográficos revelam que mulheres (60%) são mais propensas a se preocupar com a saúde mental em comparação com homens (44%), e a Geração Z e Millennials demonstram maior atenção ao tema em relação aos Boomers.
Outras Prioridades de Saúde no Brasil
Além da saúde mental, outros problemas de saúde também preocupam os brasileiros. O câncer ocupa a segunda posição com 37%, seguido pelo estresse com 33%. Problemas cardíacos são mencionados por 28%, obesidade por 27% e diabetes por 25%.
A pesquisa indica que mais da metade (55%) acredita que a obesidade aumentará nos próximos dez anos.
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Desafios no Sistema de Saúde Brasileiro
Apesar de algumas melhorias, o sistema de saúde brasileiro ainda enfrenta obstáculos significativos. Apenas 34% dos brasileiros avaliam os serviços disponíveis como bons ou muito bons, um número inferior à média global de 42%. A demora no atendimento e os longos tempos de espera são apontados como os maiores problemas por 43% das pessoas.
A burocracia é o segundo problema mais citado, com 39%, seguido pela falta de profissionais (24%) e pelos altos custos (17%). A percepção de que muitas pessoas não têm condições financeiras para acessar cuidados de saúde é alta, com 80% dos brasileiros concordando com essa afirmação – um aumento em relação aos 74% de 2018.
A desigualdade no acesso aos serviços de saúde também é uma preocupação, com apenas 25% dos entrevistados acreditando que o sistema oferece o mesmo atendimento para todos.
Novas Tendências e Percepções
O aumento do conhecimento sobre medicamentos para obesidade, como Ozempic e Wegovy, alcançou 58% dos brasileiros, superando a média mundial de 36%. Além disso, 73% dos entrevistados afirmam tomar decisões sobre saúde sem consultar um médico.
A vacinação obrigatória contra doenças graves ainda conta com o apoio de 71% dos entrevistados, e a maioria (57%) acredita que a qualidade da saúde vai melhorar nos próximos anos.