Brasil apresenta rede de agricultura tropical regenerativa na COP30
Aliança de 6 centros de pesquisa propõe modelo sustentável e produtivo para COP30 em Belém.

O Brasil emerge como líder na transição para sistemas agrícolas resilientes e regenerativos, posicionando-se como protagonista da mudança climática e gerando benefícios econômicos significativos. Um estudo pioneiro revelou o potencial do Cerrado, bioma responsável por 60% da produção agropecuária, que poderia gerar US$ 100 bilhões ao PIB brasileiro através desse modelo sustentável.
“Somos detentores de um modelo único de agricultura tropical regenerativa que não foi replicado em todos os outros países tropicais”, destacou Marcos Jank, coordenador do Insper Agro Global, em entrevista à EXAME. “Esta é a COP para falarmos sobre isso.”
O lançamento da Rede de Inteligência em Agricultura e Clima (RIAC), por seis centros de pesquisa – Agroicone, FDC Agroambiental, FGV Agro, Insper Agro Global, Instituto Equilíbrio e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) – marca um novo capítulo. O primeiro produto da rede será um site reunindo cerca de 40 estudos desde 2020.
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O objetivo é impulsionar o debate público sobre a transição para uma agricultura tropical regenerativa, combinando restauração do solo, práticas de baixo carbono e proteção da biodiversidade. A pergunta central que os pesquisadores buscam responder é qual o papel central dos países tropicais na segurança alimentar, analisando a América do Sul e Latina, África Subsaariana e Ásia, regiões que concentram 40% das terras aráveis e 52% da água doce do planeta.
O Brasil se destaca em produtividade, impulsionado por recursos naturais abundantes e, como afirma Marcos Jank, pela existência de pessoas e tecnologia. A RIAC, por sua vez, prepara novos estudos sobre Segurança Alimentar e Energética, Adaptação, Financiamento e Produção de Biocombustíveis Verdes.
Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e enviado especial do setor agrícola da COP30, vê a iniciativa como fundamental para impulsionar o debate na conferência do clima em Belém do Pará. “Por muito tempo, a discussão ficou paralisada em uma falsa dicotomia entre produzir e conservar. Esta rede representa a construção de um caminho do meio, uma terceira via pragmática e inteligente, baseada na ciência”, afirmou.
A agricultura brasileira, que inicialmente se expandiu geograficamente com soja e pecuária, agora foca em sistemas integrados, que poupam terra e reduzem emissões. Estados como Mato Grosso exemplificam essa transformação, com diversidade de produtos em sistemas integrados que transformam pastagens degradadas e aumentam o estoque de carbono no solo.
A RIAC busca consolidar o Brasil como líder nesse novo paradigma agrícola, com foco na resiliência e na sustentabilidade.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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