Brasil considera a tarifa imposta por Trump como um custo fixo e ajusta a negociação com os Estados Unidos

Para negociadores do governo brasileiro, a sobretaxação de 10% é “novo normal” para acessar o mercado americano.

03/06/2025 3h53

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(Imagem de reprodução da internet).

Preocupadas com a tarifa de importação de 10% aplicada ao Brasil e a outros países, que configura um novo tipo de “custo fixo” para produtos destinados aos Estados Unidos, as autoridades brasileiras passaram a defender o desvio das negociações com a Casa Branca, em vez de persistir na diminuição desse percentual.

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A avaliação, no âmbito do governo, é que essa alíquota mínima de 10% para a importação de produtos em território americano deve se estabelecer como um patamar nas relações comerciais com os Estados Unidos — e o Brasil, na prática, já opera com essa nova “tributação mínima”.

A posição de indivíduos em Brasília, envolvidos nas discussões com a Casa Branca, é que nenhum dos aliados estratégicos dos Estados Unidos – mesmo aqueles que dedicaram grande esforço diplomático nas negociações – conseguiu suprimir totalmente os impostos.

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Este é o caso do Reino Unido, que, apesar de ser aliado histórico de Washington, apenas obteve a abertura de limites de importação para aço e automóveis. Contudo, a alíquota de 10% permaneceu em vigor.

Um funcionário brasileiro argumenta que seria inútil negociar intensamente e fazer grandes concessões aos Estados Unidos, considerando que o Brasil já recebeu tarifas adicionais reduzidas. Outros estão cedendo à Casa Branca para, em última análise, obter o mesmo tratamento já concedido ao Brasil.

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Diante da possibilidade de a nova taxa se tornar um “Custo Trump” para exportações ao mercado norte-americano, o governo brasileiro prioriza pontos considerados mais relevantes para a indústria nacional, como a abertura de cotas para aço e alumínio.

Em março, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma alíquota de 25% sobre a importação desses produtos de todo o mundo, com o argumento de fortalecer a indústria local.

O Brasil iniciou negociações para flexibilizar essas tarifas em março. Os dois países criaram um grupo de trabalho para discutir o assunto.

Já realizaram-se diversas videoconferências entre autoridades técnicas dos dois governos durante esse período.

As negociações são conduzidas primordialmente pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e pelo Itamaraty.

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Fonte por: CNN Brasil

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