Brasil deixa comando do Conselho da ONU e sente falta de acordo unânime
01/11/2023 às 0h35
O Brasil deixou, ontem, a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. No discurso de encerramento, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lamentou que não houve acordo para uma resolução sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas.
O ministro das Relações Exteriores disse que o Brasil vai continuar trabalhando em uma proposta sobre a crise humanitária em Gaza. Mesmo após terminar a sua presidência, o país continuará conversando com os membros do Conselho de Segurança para ajudar a resolver a grave situação no Oriente Médio.
“Nós esperamos que os membros do Conselho de Segurança encontrem uma medida para destravar decisões sobre o Oriente Médio“, afirmou. Vieira lembrou que, desde 2016, nenhuma resolução foi aprovada sobre a Palestina. “É desanimador assistir ao conflito tirar a vida de tantos inocentes, e não sermos capazes de atingir consenso na necessidade de parar o sofrimento humano em ambos os lados”.
O ministro ainda ressaltou que o Brasil está trabalhando em um texto que preveja a implementação de pausas humanitárias e a libertação de reféns. Nos bastidores, havia uma possibilidade de um texto ser pautado ainda hoje. Vieira, porém, destacou que acontecimentos recentes mudaram os planos do colegiado.
Tanques e soldados de Israel se deslocam próximo à fronteira com Gaza.
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Gaza ficou sem eletricidade devido ao corte feito por Israel, que também impediu o fornecimento de combustível. Como resultado, a região ficou às escuras e o céu foi frequentemente iluminado por bombas sendo lançadas.
Hoje, terça-feira (31/10), as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram um campo de refugiados em Gaza. Há uma cratera e os palestinos estão trabalhando para resgatar as vítimas dos escombros.
As forças de defesa comunicaram que foram responsáveis pelo bombardeio e disseram que estavam visando Ibrahim Biari, um dos líderes do ataque de 7 de outubro.
Ele também enviou terroristas que atacaram o porto de Ashdod em 2004 e resultou na morte de 13 israelenses. Ele também ordenava disparos de foguetes contra Israel e orquestrava vários ataques contra as forças armadas de Israel nas últimas duas décadas.