Brasil deixa de constar no Mapa da Fome da ONU devido à diminuição da insegurança alimentar

País diminui taxa para abaixo de 2,5% da população e recebe comunicado oficial em Cúpula de Sistemas Alimentares na Etiópia.

28/07/2025 16h43

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(Imagem de reprodução da internet).

A FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) removeu o Brasil do Mapa da Fome após o país diminuir a insegurança alimentar grave para menos de 2,5% da população. O anúncio foi feito durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares, em Adis Abeba, Etiópia.

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A análise leva em conta a média do triênio 2022/2023/2024, com base nos dados do relatório SOFI 2025 (Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo). Segue a íntegra (PDF, em inglês – 10 MB).

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 24 milhões de brasileiros apresentaram condição de insegurança alimentar grave até o final de 2023. Trata-se da segunda vez que o Brasil abandona o mapa da fome durante um mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já havia conseguido tal feito em 2014. O país voltou ao indicador no triênio 2018/2019/2020, com a redução de programas sociais.

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Os indicadores sociais demonstram progresso. A pobreza extrema reduziu-se para 4,4% em 2023, nível mais baixo já registrado. A taxa de desemprego diminuiu para 6,6% em 2024, e a renda domiciliar per capita alcançou R$ 2.020, recorde da série. Dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) revelam que 98,8% das 1,7 milhão de vagas geradas com carteira assinada em 2024 foram ocupadas por inscritos no Cadênico (Cadastro Único para Programas Sociais), sendo 75,5% beneficiários do Bolsa Família.

O presidente Lula comemorou a marca no X, declarando que “com políticas públicas sérias e compromisso com o povo é possível combater a fome”.

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O ministro Wellington Dias ressaltou o impacto do Plano Brasil Sem Fome, que engloba iniciativas como o Bolsa Família, o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), a alimentação escolar e incentivos à agricultura familiar e ao emprego.

“Esta vitória é resultado de políticas públicas eficazes”, declarou o ministro. “Todas as políticas sociais trabalhando juntas para ter um Brasil sem fome e soberano”, afirmou.

O Brasil continuará monitorando os indicadores de segurança alimentar com a Ebia nas pesquisas domiciliares do IBGE, visando identificar grupos vulneráveis e sustentar políticas voltadas ao enfrentamento da fome.

A ingestão de alimentos contaminados representa um risco.

Conforme a Ebia, instrumento da Rede Penssan e do IBGE, insegurança alimentar ocorre quando o indivíduo não possui acesso constante a alimentos. É classificada em três categorias: tênue, moderada e severa.

Existe também o nível de segurança alimentar, que é quando a família tem acesso constante e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente.

Em 2014, durante o governo Dilma, o então Ministério do Desenvolvimento Social elaborou um estudo técnico que afirma que a Ebia se baseia no Indicador Cornell, desenvolvido pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

Na Brasil, cinco instituições participaram do processo de adaptação do Indicador Cornell para uso brasileiro: Unicamp, UnB, UFPB, Inpa e UFMT.

A Ebia mensura diretamente a percepção e vivência de insegurança alimentar e fome no nível domiciliar. Trata-se de uma medida que expressa o acesso aos alimentos e possui alta confiabilidade, pois reflete a experiência da vida com a insegurança alimentar e a fome dos membros do domicílio.

Fonte por: Poder 360

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