Brasil e China firmam novos acordos e estabelecem escritório em Pequim

Em maio, o setor concluiu seis acordos com a China, inaugurou uma sede em Pequim e criou um sistema para otimizar a comunicação técnica em situações de interrupção das exportações.

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(Imagem de reprodução da internet).

O setor agrícola brasileiro tem intensificado os vínculos com a China, principal destino das exportações do setor.

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A ação ocorre em um momento estratégico: no contexto de tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim, os países assinaram 20 acordos bilaterais, seis dos quais estavam relacionados ao setor agropecuário.

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O avanço principal foi a assinatura de um acordo que estabelece a aceleração da troca de informações sobre pragas, doenças e resíduos tóxicos identificados em alimentos de origem animal e vegetal exportados ou importados entre os dois países.

O sistema deve facilitar a comunicação técnica entre o Brasil e a China em caso de irregularidades em carnes, grãos, frutas ou outros produtos agropecuários.

O novo acordo pode ser utilizado, inclusive, para agilizar o processo de retomada das exportações de produtos e subitens de aves, após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul.

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O governo brasileiro recebeu autorização para exportar cinco novos produtos para o mercado chinês.

Com a aprovação das autoridades chinesas, o Brasil poderá exportar carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGS) e farelo de amendoim para a China. O Ministério da Agricultura estima que, em conjunto, os novos mercados abertos na China representem um potencial comercial de até US$ 20 bilhões.

Além dos acordos governamentais, o setor privado também avançou na estratégia de aproximação.

Em Pequim, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) abriram uma sede compartilhada.

A ABIEC indica que o novo espaço será um centro institucional e operacional na Ásia.

A estrutura fornecerá suporte direto às empresas associadas, aproximará o relacionamento com autoridades locais e dará apoio a ações comerciais e promocionais em toda a região.

Durante a viagem, com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a ABIEC lançou o projeto “The Beef and Road: Fazendo a ponte entre as rotas de carne bovina Brasil-China”.

O evento de lançamento contou com a presença de representantes dos setores público e privado de ambos os países.

Fonte: CNN Brasil

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