Brasil intensifica ações para prevenir novos casos de gripe aviária

Primeiro caso de gripe aviária em granja comercial identificado no Rio Grande do Sul; outras quatro ocorrências estão sob investigação, e três foram consideradas negativas pelas autoridades.

19/05/2025 21h51

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(Imagem de reprodução da internet).

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na última sexta-feira (16), a detecção de animais com o vírus da gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, Rio Grande do Sul, sendo o primeiro caso do tipo no país.

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Um novo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAP) foi confirmado nesta segunda-feira (19), envolvendo cisnes silvestres em Sapucaia do Sul (RS), a 60 km de Montenegro.

Outras quatro ocorrências seguem sob investigação, enquanto três já foram descartadas pelas autoridades.

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O governo federal tem implementado uma série de ações para impedir a disseminação do vírus.

O vírus da gripe aviária não é recente: ele já havia sido detectado em diversas regiões do mundo, incluindo Ásia, África e norte da Europa. No Brasil, também já foi identificado em aves selvagens e de criação.

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O governo federal possui um protocolo de identificação e contenção do vírus, sob a responsabilidade do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Após o alerta, o médico veterinário tem até 12 horas para se deslocar até a propriedade e iniciar a investigação. O trabalho compreende a coleta de amostras para análise e tipificação da influenza.

Após a confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, a SVO declara um estado de emergência sanitária para a região.

Fica proibida a circulação de aves, suínos, animais domésticos, ovos, produtos, subprodutos, materiais, equipamentos ou qualquer insumo que possa disseminar o vírus.

As instalações, estruturas, materiais, equipamentos e veículos utilizados na criação das aves devem ser limpos e desinfetados para assegurar a eliminação do vírus. Para organizar as ações do SVO em função do risco de disseminação do vírus, serão delimitadas diversas zonas da área ao redor do foco em:

Para impedir a disseminação do vírus, animais doentes e até mesmo os que aparentam estar saudáveis são eliminados. Em granjas comerciais, todas as aves são sacrificadas.

Mais de 17 mil aves foram abatidas na granja de Montenegro.

Os ovos fertilizados estão sendo monitorados e eliminados para prevenir a contaminação. O governo do Paraná deve descartar 10 milhões de ovos de incubação. Já o governo de Minas Gerais anunciou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados provenientes do Rio Grande do Sul.

Problemas de saúde

Na última sexta-feira (17), foram instaladas sete barreiras sanitárias em Montenegro.

A ação, adotada pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), tem como objetivo limitar o surto de influenza aviária confirmado no município.

As barreiras atuam em um raio de três e dez quilômetros do ponto central, operando continuamente.

Ademais das questões sanitárias, o DDA deve visitar aproximadamente 540 propriedades rurais dentro de um raio de dez quilômetros do epicentro da gripe aviária. O Comando Ambiental da Brigada Militar apoia a operação, controlando veículos nas barreiras e conduzindo rondas na área dos perímetros.

Inspeções

Técnicos das equipes do Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul já inspecionaram 300 das 540 granjas mapeadas.

Os locais estão em um raio de 10 km da cidade de Montenegro, onde foi identificado o primeiro caso. As ações visam a vigilância ativa para identificar novos casos e também educar a população e os proprietários rurais.

O governo do Rio Grande do Sul instituiu estado de emergência em saúde animal nesta sexta-feira, conforme divulgado no Diário Oficial do Estado.

O decreto, com prazo de 60 dias, tem como objetivo controlar os casos de gripe aviária de alta patogenicidade nos municípios próximos a Montenegro.

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Fonte: CNN Brasil

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