Brasil nos EUA defende a criação do Estado palestino na ONU e pode buscar uma sessão para discutir a alta taxa de Trump

O ministro Mauro Vieira participará de Conferência de Alto Nível e coordenará Grupo de Trabalho sobre a solução de dois estados.

28/07/2025 15h23

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Attendees stand during a moment of silence during a ministerial high level meeting during the United Nations conference on a two state solution for Israel and the Palestinians, at UN headquarters on July 28, 2025, in New York City. Ever since the partition of Palestine into Jewish and Arab states in 1947, the United Nations has been inextricably linked to the fate of Palestinians, with the organization meeting this week hoping to revive the two-state solution. (Photo by TIMOTHY A. CLARY / AFP)

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, chegou a Nova Iorque, nos Estados Unidos, na segunda-feira (28) para participar da Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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A reunião se dá em meio às disputas comerciais entre Brasil e Estados Unidos, após as declarações do presidente Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O período para aplicação das medidas encerra nesta sexta-feira (1º).

A mídia brasileira indica que Vieira poderá buscar uma reunião em Washington sobre o assunto. Desde o anúncio sobre a tarifação, representantes do governo brasileiro destacam a importância das negociações, embora ressaltem que a soberania nacional e os princípios democráticos são inegociáveis.

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A visão corrente indica que a definição da taxa é influenciada por fatores políticos e atende aos interesses das grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, em vez de critérios técnicos ou comerciais.

Não há confirmação oficial de que o chanceler irá cumprir compromissos para dialogar sobre o assunto. A Casa Branca não deu nenhuma indicação sobre a possibilidade de encontros para negociação.

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Contudo, a participação do ministro nos Estados Unidos representa um indicativo de abertura. Destaca-se, contudo, que a pauta para discutir a questão palestina já estava definida e o Brasil coordena um dos grupos de trabalho da Conferência de Alto Nível.

Em maio, o Brasil foi indicado para liderar grupo de trabalho político jurídico sobre a criação do Estado palestino em parceria com o Senegal. De acordo com a ONU, o país sedia língua portuguesa possui representação ministerial no encontro.

O grupo abordou, entre outros temas, o respeito às normas do direito internacional como forma de implementar a solução de dois estados. Para a organização internacional, essa é a única alternativa viável para cessar os ataques de Israel e alcançar a paz na região.

O acordo em questão contempla Israel e Palestina com fronteiras demarcadas e consolidadas, fundamentadas na divisão anterior a 1967, e com Jerusalém como capital de ambos. A comunidade internacional, incluindo o Brasil, tem se manifestado de forma consistente em apoio a essa solução.

A conferência de alto nível prossegue até terça-feira (29), com a presença de mais de 30 países e blocos regionais. Os Estados Unidos boicotam o evento e não participam do debate.

Fonte por: Brasil de Fato

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