Brasil nos EUA defende a criação do Estado palestino na ONU e pode buscar uma sessão para discutir a alta taxa de Trump
O ministro Mauro Vieira participará de Conferência de Alto Nível e coordenará Grupo de Trabalho sobre a solução de dois estados.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, chegou a Nova Iorque, nos Estados Unidos, na segunda-feira (28) para participar da Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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A reunião se dá em meio às disputas comerciais entre Brasil e Estados Unidos, após as declarações do presidente Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O período para aplicação das medidas encerra nesta sexta-feira (1º).
A mídia brasileira indica que Vieira poderá buscar uma reunião em Washington sobre o assunto. Desde o anúncio sobre a tarifação, representantes do governo brasileiro destacam a importância das negociações, embora ressaltem que a soberania nacional e os princípios democráticos são inegociáveis.
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A visão corrente indica que a definição da taxa é influenciada por fatores políticos e atende aos interesses das grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, em vez de critérios técnicos ou comerciais.
Não há confirmação oficial de que o chanceler irá cumprir compromissos para dialogar sobre o assunto. A Casa Branca não deu nenhuma indicação sobre a possibilidade de encontros para negociação.
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Contudo, a participação do ministro nos Estados Unidos representa um indicativo de abertura. Destaca-se, contudo, que a pauta para discutir a questão palestina já estava definida e o Brasil coordena um dos grupos de trabalho da Conferência de Alto Nível.
Em maio, o Brasil foi indicado para liderar grupo de trabalho político jurídico sobre a criação do Estado palestino em parceria com o Senegal. De acordo com a ONU, o país sedia língua portuguesa possui representação ministerial no encontro.
O grupo abordou, entre outros temas, o respeito às normas do direito internacional como forma de implementar a solução de dois estados. Para a organização internacional, essa é a única alternativa viável para cessar os ataques de Israel e alcançar a paz na região.
O acordo em questão contempla Israel e Palestina com fronteiras demarcadas e consolidadas, fundamentadas na divisão anterior a 1967, e com Jerusalém como capital de ambos. A comunidade internacional, incluindo o Brasil, tem se manifestado de forma consistente em apoio a essa solução.
A conferência de alto nível prossegue até terça-feira (29), com a presença de mais de 30 países e blocos regionais. Os Estados Unidos boicotam o evento e não participam do debate.
Fonte por: Brasil de Fato