Brasil poderá ter uma redução de 18% no Produto Interno Bruto até 2050 devido à crise climática, aponta estudo
O relatório indica que o custo da falta de ação climática é significativamente maior do que o custo da ação.

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking de regiões mais vulneráveis economicamente às mudanças climáticas, conforme projeção divulgada em relatório publicado pela Universidade de Cambridge e o Boston Consulting Group (BCG) em março de 2025. A estimativa é que o país possa perder 18% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2050 caso a trajetória atual de aquecimento global – estimada em 3°C até o fim do século – não seja revertida.
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O Brasil fica atrás apenas do Oriente Médio no ranking global, com uma perda estimada de 19% do PIB. O estudo considerou dados do NGFS (Network for Greening the Financial System) e avaliou os impactos econômicos diretos e indiretos do aumento da temperatura média global em cada região.
Perdas globais estimadas de PIB até 2050.
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O relatório aponta que os prejuízos econômicos resultam primariamente da perda de produtividade e da diminuição do acúmulo de capital, em detrimento da destruição física provocada por eventos naturais. Setores como agricultura, infraestrutura e indústria serão particularmente afetados em países tropicais e emergentes.
Os autores avisam que os impactos já são observáveis antes de 2050, e que as perdas econômicas tendem a se agravar. De acordo com o estudo, restringir o aquecimento global a menos de 2°C, conforme o Acordo de Paris, pode diminuir significativamente essas perdas – mas para isso seriam necessários investimentos substanciais e imediatos em mitigação e adaptação.
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O relatório ressalta que o custo da inação climática é significativamente maior do que o custo de agir. A estimativa indica que a inércia pode levar a perdas de até 27% do Produto Interno Bruto global acumulado até 2100, ao passo que as medidas necessárias para mitigar os danos representariam entre 1% e 2%.
Fonte por: CNN Brasil