Brasil retorna ao mapa da fome sob o governo do PT
A incidência de desnutrição diminuiu para inferior a 2,5% da população, contudo, a insegurança alimentar afeta mais de 16% da população do país.

Em relatório publicado nesta segunda-feira (28), a Organização de Alimentação e Agricultura da ONU (FAO-ONU) removeu o Brasil do Mapa da Fome, lista em que o país se encontrava desde 2021. É a segunda vez que o Brasil deixa a lista sob o governo do PT.
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A saída do Brasil do Mapa da Fome implica que menos de 2,5% da população está subalimentada ou desnutrida. Em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil retornou à lista, com 4,1% na linha extrema de falta de alimento. “Sair do Mapa da Fome era o objetivo prioritário do presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023”, declarou o ministro do desenvolvimento e assistência social, família e combate à fome, Wellington Dias. A média mundial é de 8,2%.
Para alcançar a meta estabelecida, o governo federal lançou, em agosto de 2023, o Plano Brasil Sem Fome, uma estratégia de reforço de programas sociais e articulação com estados e municípios para diminuir a desnutrição. O plano integrado inclui a valorização do salário, a criação do novo bolsa família, o plano safra da agricultura familiar e o programa nacional de alimentação escolar, por exemplo. “Não há soberania sem justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia”, afirma Dias.
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Em 2014, o Brasil deixou de fazer parte do Mapa da Fome, após 11 anos de políticas como o Fome Zero, durante o governo de Dilma Rousseff.
Insegurança alimentar e obesidade
Apesar dos dados positivos de redução da fome, o relatório da FAO indica que o Brasil ainda apresenta diversos níveis de insegurança alimentar. Segundo o relatório, 3,4% da população brasileira vivencia condições de insegurança alimentar severa, em que as refeições são reduzidas ou excluídas devido a dificuldades econômicas. A insegurança alimentar moderada, menos grave, porém em que há alteração na rotina alimentar ideal, afeta 13,5% dos brasileiros.
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O acesso à alimentação saudável cresceu. Em 2021, 29,8% dos brasileiros não possuíam condições de consumir alimentos saudáveis. No novo relatório, este índice foi reduzido para 23,7%.
O aumento da obesidade em adultos e do sobrepeso em crianças também foi identificado como um índice elevado no Brasil — uma tendência que se observa também nos dados globais.
Fonte por: Brasil de Fato