Brasil se torna palco de disputa entre as embaixadas dos EUA e da China

Nos Estados Unidos, alega-se sobre censura, perseguição política e violações de direitos humanos em Brasília, ao mesmo tempo em que na China há elogios …

08/08/2025 13h12

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WASHINGTON (United States), 30/07/2025.- US President Donald J. Trump delivers remarks during a Making Health Technology Great Again event in the East Room of the White House in Washington, DC, USA, 30 July 2025. The White House and the Centers for Medicare and Medicaid Services have received commitments from 60 healthcare technology companies to collaborate on a new health technology advancement initiative. EFE/EPA/SHAWN THEW

No contexto da política de tarifas implementada por Donald Trump e da medida de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Brasil se tornou palco de um confronto nas redes sociais entre as Embaixadas dos Estados Unidos e da China. A embaixada americana no Brasil critica o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a embaixada chinesa elogia os produtos nacionais, afirmando que a nação asiática está aberta às exportações do Brasil.

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Na quinta-feira (7), o governo dos Estados Unidos declarou existir censura, perseguição política e violações de direitos humanos no Brasil, com o ministro Moraes sendo o principal responsável. A representação afirmou estar “monitorando a situação de perto” e emitiu uma advertência aos que o apoiam. “Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes”, disseram os americanos no X (antigo Twitter).

Conforme o Estadão, o Itamaraty pretende convocar Gabriel Escobar, chefe da embaixada, para esclarecimentos sobre a publicação.

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Por outro lado, o perfil da Embaixada da China no X publicou elogios aos produtos brasileiros. Em publicação na quarta-feira (6), o órgão afirmou que o açaí “conquistou paladares” chineses. “A superfruta amazônica ganha espaço nas lojas de bebidas, atraindo consumidores chineses pelo sabor único e benefícios à saúde”, escreveu a embaixada. O açaí não foi o único produto do Brasil saudado por publicações da Embaixada da China. Em 2 de agosto, o perfil destacou a abertura do mercado chinês para o café e o gergelim brasileiros. Ambos os produtos passaram a ter tarifas adicionais nos Estados Unidos desde quarta-feira.

O café nacional também foi destaque de uma publicação na terça-feira (5), quando a embaixada chinesa referiu-se ao produto como “queridíssimo café brasileiro”.

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As publicações da Embaixada dos Estados Unidos respondem às ações do governo Trump contra Moraes e demais ministros do STF. Moraes recebeu sanção pela Lei Magnitsky, uma medida para restringir os direitos de autores de graves violações dos direitos humanos, enquanto sete outros ministros da Corte tiveram seus vistos suspensos pelos Estados Unidos.

O Departamento de Estado do País, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, elevou o tom contra Moraes. O chefe do órgão, o secretário Marco Rubio, repercutiu a imposição da Lei Magnitsky contra Moraes afirmando que “togas não podem proteger” violadores de direitos humanos. “Que isso sirva de aviso para aqueles que pisoteiam os direitos fundamentais de seus compatriotas – as togas judiciais não podem protegê-los”, disse Rubio em 30 de julho. A publicação do secretário foi replicada pelo perfil da Embaixada dos Estados Unidos.

Na terça-feira passada, o vice-secretário do órgão, o diplomata Christopher Landau, declarou que Moraes possui “impulsos orwellianos”, em referência à obra de George Orwell, que critica o totalitarismo.

Com informações do Estadão Conteúdo.

Publicado por Nícolas Robert

Fonte por: Jovem Pan

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