Em entrevista à imprensa internacional, na terça-feira (4), o presidente do Brasil detalhou os motivos por trás da escolha do estado do Pará para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. A decisão, segundo ele, foi pautada pela busca por desafios e pela oportunidade de apresentar a Amazônia ao mundo.
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O presidente enfatizou que a escolha se baseou na vontade de evitar o luxo e priorizar a experiência da Amazônia, buscando que o evento atraísse a atenção para a importância da floresta tropical. Ele expressou confiança de que a COP30 seria a melhor realizada até então, com foco na implementação de soluções e no fim das discussões teóricas.
Desafios e Logística
A realização da COP30 no Pará tem enfrentado desafios logísticos, especialmente no que diz respeito à infraestrutura de hospedagem. A expectativa de cerca de 50 mil visitantes gerou preocupações sobre a capacidade de Belém em acomodar a demanda, com relatos de preços elevados e dificuldades para as delegações de países em desenvolvimento.
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Para atender à demanda, o governo federal implementou um plano que incluiu a contratação de navios de cruzeiro, buscando ampliar a capacidade de hospedagem. A infraestrutura portuária foi preparada para receber as operações, com entregas concluídas no sábado (1).
Programa TFFF e Conselho Ambiental
O presidente destacou o interesse no programa TFFF (Florestas Tropicais para Sempre), um fundo de investimento que visa financiar a manutenção de florestas em pé, oferecendo rentabilidade aos investidores. Uma parte dessa rentabilidade seria destinada aos países que mantêm suas florestas em pé.
Foi também anunciada a criação de um Conselho Ambiental, ligado à ONU, com o objetivo de monitorar e avaliar os resultados das ações implementadas, podendo viajar pelo mundo para acompanhar os resultados.
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O mandatário ressaltou a complexidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis, apontando que a transição exige um planejamento cuidadoso, considerando a preparação do mundo para essa mudança.
